Médicos a favor da cloroquina são recebidos por Bolsonaro

O Palácio do Planalto foi palco de um evento que reuniu médicos que defendem o tratamento precoce da COVID-19 com cloroquina. O presidente Jair Bolsonaro recebeu profissionais de vários estados e, entre eles, estava o campo-grandense, Sandro Benites, que é toxicólogo e nutrólogo.

Ontem (24), o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, mudou o protocolo de tratamento para a doença, permitindo a prescrição do medicamento em pacientes com sintomas leves mediante a assinatura do Termo de Ciência e Consentimento. Em maio, a pasta orientava o uso da cloroquina e hidroxicloroquina somente em casos graves e em pessoas hospitalizadas. Benites conversou com o jornal O Estado sobre os tópicos debatidos entre no decorrer do evento.

De acordo com Sandro, os principais pontos abordados na reunião contemplaram a autonomia dos médicos diante o diagnóstico da COVID-19, a oferta do medicamento nas unidades de saúde, além da abordagem e o acolhimento de pacientes na fase inicial da doença. O médico lembrou que o CFM (Conselho Federal de Medicina) já autorizava a prescrição do medicamento e comentou que desde o início da pandemia trata seus pacientes com a hidroxicloroquina. “Eu sempre fui favorável e faço isso no consultório há mais de quatro meses, faço a liberação. Eu mesmo uso a hidroxicloroquina de uma maneira preventiva e em nenhum momento manifestei a doença. Eu sou a prova viva de que funciona”, disse Sandro.

Na visão do profissional, a nova orientação do Ministério da Saúde é “positiva” embora “tenha demorado muito”. Para ele, o desafio agora é o convencimento dos médicos em relação a essa alternativa de tratamento. “A gente já tem nível de evidência 2A de que funciona na fase inicial da doença. Eu não estou falando de nível B, C da doença, eu estou falando de nível A, então não tem mais o quê questionar”, enfatizou.

Sandro Benites é um dos 200 profissionais que participam na Capital do projeto “Médicos pela vida Brasil”. A iniciativa visa tratar precocemente, principalmente, os grupos de risco e profissionais da linha de frente com sintomas da COVID-19, com a ivermectina e hidroxicloroquina. A ação é realizada na Igreja Morada e conta os serviços dos profissionais de forma voluntária. Conforme Sandro, agora, com a nova orientação, os trabalhos seguem normalmente. “A gente vai continuar atendendo com mais afinco, com mais vontade, com a sensação de dever cumprido”, finalizou.

(Texto: Jessica Vitória)

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