Manaus e São Bernardo do Campo oferecem mais 30 leitos para MS

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Estado enviou pacientes para São Paulo e Porto Velho na semana passada

Depois de São Paulo e Porto Velho, outras duas cidades ofereceram socorro a Mato Grosso do Sul e vão aceitar a transferência de pacientes com COVID-19 do Estado. Ao todo, Manaus e São Bernardo do Campo disponibilizaram 30 leitos, entre clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), para que a SES (Secretaria de Estado de Saúde) consiga desafogar as unidades de saúde do Estado. Com a sinalização positiva, novas transferências estão previstas para esta semana.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, em São Bernardo do Campo estão garantidos cinco leitos clínicos e cinco de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). No Amazonas, o governo liberou 20 leitos de UTI de forma escalonada. “Serão transferidos de cinco em cinco até completar os 20”, explica. Apesar da oferta, por uma questão de distância e logística, esses leitos serão os últimos a serem preenchidos, isso porque serão priorizados aqueles que estão mais próximos do Estado.

Nessa segunda-feira (7), cinco pacientes de Campo Grande e São Gabriel do Oeste seguiram para São Paulo, preenchendo as dez vagas disponibilizadas pelo estado vizinho. Os outros cinco foram transferidos na tarde de domingo (6). Lá, o grupo será dividido entre o Hospital Geral de Vila Penteado, referência para o tratamento da COVID, e o Hospital Estadual Metropolitano Santa Cecília, ambos na capital paulista.

Na semana passada, nove pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus seguiram para Porto Velho porque não tiveram acesso a leitos de UTI em suas cidades. Devolutiva à assistência dada pelo governo sul-mato-grossense no início do ano. “Em Rondônia foi uma reciprocidade porque em janeiro, quando eles estavam em uma situação crítica similar a nossa, nós recebemos 19 pessoas de lá. Agora, estão nos atendendo com 10 vagas”,
pontua o secretário.

Apesar da contribuição dos outros estados, a situação ainda permanece crítica. Lotados, hospitais passaram a improvisar leitos e a selecionar quem vai ou não ter acesso a uma vaga. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde, em Campo Grande o limite de internações foi excedido em 8%. Em Três Lagoas 9% e em Dourados, hospitais atendem 4% acima do que podem. Apenas Corumbá ainda não extrapolou a marca, no entanto opera com 100% dos leitos preenchidos e não pode receber mais ninguém.

Nas Unidades Básicas de Saúde a realidade se repete. Até essa segunda-feira (7), a fila de pacientes com COVID-19 que aguardavam por um leito de hospital era de 271 pessoas. Campo Grande lidera a lista de pedidos de transferências com 134 solicitações na central de regulação. Em seguida aparece
Dourados, com 31, Três Lagoas, com 15, e Ponta Porã e São Gabriel do Oeste, com 5 pacientes cada.

“Ainda não colapsamos porque ainda estamos tendo a quem recorrer, mas a situação é grave e infelizmente vai continuar enquanto a população insistir em não colaborar com as orientações das autoridades de saúde. O que levou o Estado a este cenário foram as aglomerações e manifestações contrárias às medidas de segurança contra a COVID-19”, pontua Geraldo Resende.

(Texto: Clayton Neves)

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