Infectologista defende mais restrição social e vê ineficiência de medidas

Foto: Reprodução/ Internet
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Em debate realizado de forma virtual pela Câmara dos Vereadores de Campo Grande ontem (31), o infectologista e pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Julio Croda reiterou a necessidade de medidas mais duras de restrição da mobilidade social em Mato Grosso do Sul.

Em sua opinião, sem a colaboração da população, os decretos em vigor só estão “enxugando gelo”. “Não conseguimos tratar o paciente com todo o suporte necessário. Não temos  condições neste momento de atender com o sistema de saúde colapsado”, reiterou Croda. De acordo com o pesquisador, enquanto o Brasil possui 2,7% da população do mundo, o país se consolida como epicentro da pandemia, ao registrar 11,3% das mortes por COVID-19 entre todos os países. 

Para se ter uma ideia da gravidade da doença no país, ao registrar recorde de mortes nessa terça-feira (30), com 3.668 vítimas em 24 horas, o coronavírus matou mais no Brasil do que em dez países juntos: Estados Unidos (563), Itália (529), Polônia 461), Rússia (409), Índia (355), França (348), Ucrânia (286), Hungria (274), Alemanha (234) e México (203). 

Croda alertou que o cenário no Brasil de tragédia e de calamidade pública é refletido no Estado. “Em Campo Grande, de acordo com os dados do Prosseguir, temos recorde histórico de casos confirmados e de mortes no boletim de terça-feira.”  Na Capital, 1.036 pessoas foram diagnosticadas com a COVID-19 e 34 morreram em decorrência da doença no penúltimo dia do mês. 

(Confira mais na página A5 da versão digital do jornal O Estado)

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https://oestadoonline.com.br/2021/04/01/ms-registra-1-859-novos-casos-de-covid-19-mortes/

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