Com 93,9% dos leitos comprometidos, RJ deve sofrer colapso

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) e pelo Ministério Público estadual (MPRJ), revelaram nesta segunda-feira (20), que o sistema de saúde do Rio de Janeiro deve sofrer um colapso. Com 93,9% dos leitos de unidades de terapia intensivas (UTIs) ocupados, as autoridades estudam alternativas para solucionar a crise.

Na ação, as instituições pedem o desbloqueio de 155 dos 287 leitos destinados aos pacientes com coronavírus na capital, conforme previsto no Plano de Contingência à Covid-19, e solicitam que sejam mantidas as medidas de distanciamento social até que todos os leitos estejam funcionando.

De acordo com o levantamento, feito na sexta-feira (17) pela plataforma do Sistema de Regulação (Sisreg), o governo do estado e a prefeitura destinaram ao município 749 leitos de UTI para tratamento de covid-19, incluindo os hospitais de campanha, ainda não inaugurados. A coordenadora de Saúde e Tutela Coletiva da DPRJ, Thaisa Guerreiro, destaca que, do total de leitos, 287 são de hospitais estaduais e municipais da cidade e 155 deles ainda não entraram em operação.

“Neste momento, em que se aproxima o pico da epidemia, é fundamental que todos os leitos de UTI, programados pelos próprios gestores para o tratamento digno da população, estejam em pleno funcionamento, sobretudo porque não há possibilidade de escoamento desses pacientes na rede existente, já notoriamente deficitária em leitos intensivos.”

A defensoria aponta que há 61 leitos inoperantes no Hospital Estadual Anchieta; oito no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla; 71 no Hospital Universitário Pedro Ernesto; e cinco no Instituto Estadual do Cérebro. No Hospital das Clínicas (IESS), não foram identificados os 10 leitos previstos no plano de contingência.

(Texto: Karine Alencar com informações da Agência Brasil)

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