Com 3,6 mil casos em um mês, hospital é colocado sob alerta

Estrutura de campanha deve ser ativada nesse sábado (20)

No último mês, foi registrado um aumento exponencial nos casos do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul. Enquanto no dia 19 de maio foram registradas 640 pessoas contaminadas, ontem (18) foram confirmadas 4,2 mil, portanto, nesse período, foram identificados mais de 3,6 mil casos. A alta significativa levou a administração do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), centro de referência de enfrentamento à COVID-19 no Estado, a colocar o hospital de campanha sob alerta, definindo sábado (20) como prazo para que a estrutura seja utilizada.

Com a atualização do boletim, o número de mortes chegou a 39, se igualando ao total registrado pela dengue, que vem registrando vítimas desde janeiro, ao passo que o vírus fez sua primeira vítima em abril.

De acordo com a diretora-presidente do HRMS, Rosana Leite de Melo, parte do alto índice de contágio ocorre porque as cidades estão promovendo uma série de flexibilizações. A falta de respeito com o isolamento levou o vírus para 61 dos 79 municípios de MS. Apenas o interior concentra 80% dos casos, e, com esse agravamento, foi avaliada a necessidade de utilização do hospital de campanha.

“Não queremos que isso aconteça, mas estamos preparados para esse cenário. Infelizmente, se a população não colaborar com o isolamento e começar a se prevenir em meio a essa pandemia, o quadro poderá ser ainda pior”, destacou. A utilização do hospital de campanha é um fator que aponta que o Estado está próximo do comprometimento do sistema de saúde. “Nosso apelo é para a população: protejam-se e nos ajudem a manter o hospital com o menor número possível de casos, pois, se acontecer de sobrecarregar o sistema de saúde, pode não haver vagas para você ou para seus familiares”, alertou Rosana Leite.

Já o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, aponta que o hospital de campanha deve servir como suporte, e frisa que isso só será realidade se a população não cumprir as medidas de segurança. “Além das notificações, temos um aumento significativo nas internações. Mesmo ativo, queremos que o hospital de campanha seja um suporte que não queremos que seja utilizado, para isso o caminho é um só: a conscientização”, ressaltou.

Acompanhe o material completo acessando o caderno de Cidades e Novo Coronavírus do jornal O Estado MS

(Texto: Amanda Amorim e Dayane Medina/Publicado por João Fernandes)

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