É no verão que o produtor rural precisa ficar atento e se antecipar para o frio. A chegada do inverno já tem data e hora para acontecer. Em 2024, a estação mais fria do ano começa em 21 de junho, às 17:51h, segundo o Instituto de Meteorologia. O Inmet também indica que a estação será marcada por frentes frias mais acentuadas por influência do fenômeno climático La Niña, isso acontece quando ocorre o resfriamento das águas do oceano Pacífico Equatorial.
Além disso, o inverno em Mato Grosso do Sul é marcado por uma redução na quantidade de chuva e de luz solar, fatores que impactam diretamente nas cadeias produtivas do estado. Em Mato Grosso do Sul, a bovinocultura de leite é o setor mais atingido nessa época do ano.
“A bovinocultura de leite utiliza, majoritariamente, o sistema de produção extensivo, em que os animais são criados a pasto. Desse modo, a principal fonte de volumoso na alimentação dos animais é proveniente da pastagem. No inverno, as chuvas são mais escassas, há diminuição no fotoperíodo e queda da temperatura média, ocasionando diminuição na produção das pastagens, afetando diretamente a produção de leite”, explica a analista da Famasul, Melina Barcelos.
Os meses que antecedem o inverno são essenciais para evitar os prejuízos no campo. Melina explica que a principal alternativa para os produtores de leite conseguirem minimizar as perdas é a conservação de forragem para os animais. Isso pode ser por meio da produção de silagem, um dos métodos para o armazenamento de forragem para o gado. O processo pode ser feito com milho, capiaçu, sorgo, milheto, cana, entre outros, garantindo assim oferta de alimentos para os animais.
“O planejamento forrageiro deve levar em consideração o número de animais que terá na propriedade, a qualidade do volumoso que será produzida, o tempo que os animais precisarão ser alimentados com o volumoso, assim, permitirá que não falte alimento na época da estiagem. Isso garante que o produtor consiga manter sua produção de leite, permanecendo na atividade”.
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