A partir de sábado (16), a conta de luz terá um reajuste médio de 18,16%, com isso, a classe considerada de baixa renda sofre ainda mais com o impacto na fatura. Para não ficar refém das novas taxas cobradas, a presidente do Concen-MS (Conselho dos Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS), Rosimeire Costa, ensina estratégias de redução de consumo para que as famílias adotem em benefício próprio.

Para os líderes das famílias de baixa renda, Rosimeire orienta que procure o Cras (Centro de Referência da Assistência Social) e se cadastre no NIS (Número de Inscrição Social) para conseguir o desconto da tarifa social.

“No ano passado a metodologia era fazer a inscrição, depois ir na Energisa e fazer o cadastro na tarifa social para receber um desconto um ciclo depois. Caso as informações cruzadas comprove a baixa renda e a necessidade, o consumidor consegue o desconto”, explicou.

Como o procedimento era custoso ao consumidor que precisava passar por um processo mais trabalhoso até conseguir o desconto, agora segundo a presidente do Concen, existe um acordo onde há a troca de informação sem a necessidade do consumidor ir na empresa solicitar o desconto.

“A partir desse ano aquelas pessoas que estavam na base de cadastro e não tinham o desconto da tarifa, é obrigação da concessionária Energisa até dia 30 de junho procurar essas pessoas e inseri-las  na conta da tarifa social’, detalhou.

Outra situação é a Lei da Fatura Zero, onde todas as pessoas que possuem o NIS e consomem até 220 kWh tem direito a isenção da fatura. “O consumidor pode conseguir os dois descontos na mesma fatura, um pelo tarifa social que diminui o valor da conta e o restante pode ser pago pelo governo, ou se não se enquadrar nas exigências da Fatura Zero, ainda assim não perde o desconto por ser baixa renda”, explicou.

Além dessas estratégias de descontou ou até mesmo isenção. A outra estratégia para toda e qualquer família que deseja diminuir o consumo é o uso racional da energia. “Não está em um ambiente, desliga o interruptor, terminou de carregar o celular, retire o conector da tomada, acumular roupas para lavar e passar são estratégias importantes, existem pessoas que estão optando em comprar roupas que não passam”, disse.

No calor o consumo de energia é ainda maior, então a orientação é evitar o abre e fecha constante da geladeira. O ar condicionado não é uma realidade da família média do Mato Grosso do Sul, mas saber usar o ventilador também ajuda a economizar, destaca.

Rosimeire frisa que toda articulação com a concessionária para diminuir o valor do reajuste foi pensando nas famílias que possuem menor condições. “A base desse público era de R$ 69 a cada 100kw/h, agora essa base subiu para R$ 81, em cima disso ainda insere impostos, então só pedimos cautela para não sofrer um susto com a diferença no valor das próximas faturas.

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