Vereador polêmico entra na discussão do “põe e tira” das máscaras: “hipocrisia”

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Foto: Reprodução/TV Câmara

Ao fazer o uso da palavra na sessão plenária desta quinta-feira (10), na Câmara Municipal de Campo Grande, o vereador Tiago Vargas (PSD) fez um pronunciamento “furioso” sobre a polêmica da flexibilização de máscaras, isto é, da desobrigação do item de proteção facial contra a COVID-19 para a população campo-grandense. Em sua fala, o parlamentar se referiu ao debate como uma “hipocrisia” sem fim.

A discussão se reacendeu após o colega de partido, o prefeito Marquinhos Trad (PSD), não seguir ao lado do governo estadual – que retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras no dia de ontem (9) após reunião fechada do Comitê Gestor do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia). Para o chefe do Executivo campo-grandense, “é necessário um período de transição” à Capital, afirmou.

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Em tom de deboche, o vereador peessedebista tirou e pôs várias vezes a sua própria máscara: “espera aí, COVID”. Foto: Reprodução/Instagram

Foi aí que, no dia de hoje, Tiago Vargas – claramente irritado – manifestou sua indignação com o assunto na Casa de Leis municipal. Em tom de deboche, colocou e retirou sua própria máscara várias vezes, pedindo que o coronavírus “esperasse um pouquinho” até que o equipamento de proteção estivesse acertado em seu rosto.

“Colocou a máscara, a COVID vai embora [sic]. Isso é um absurdo! Festas, reuniões, ninguém usa máscara. É uma hipocrisia. Várias capitais do Brasil já retiraram a obrigatoriedade de uso, mas aqui em Campo Grande decidiram pela sua permanência. Ninguém aguenta mais, gente”, disse o vereador na sessão plenária.

Assista abaixo:

Ainda na sessão, Tiago saiu e voltou até a tribuna da Casa de Leis carregando a bandeira do Brasil para “ajudar” na argumentação de que o povo mecesse respeito, no que tange a liberdade individual. Nas redes sociais, o parlamentar até levantou a campanha “Chega de Máscaras”.

Em sua defesa, o prefeito optou pela autonomia de cada município para se pronunciar sobre o tema. Na Capital, ficou acertado de que uma orientação específica será realizada já na próxima semana – observando dados técnicos e científicos da incidência da pandemia e de como a desobrigação do item de proteção poderá afetar a vida do campo-grandense, seja no “humor” dos cidadãos quanto no possível aumento de casos da doença no sistema de Saúde.

Por enquanto, o uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados, órgãos públicos, espaços privativos, no comércio e no transporte público ainda continua para Campo Grande. Em locais abertos, como praças e vias públicas, entretanto, o uso é opcional.

Por sua vez, a OMS (Organização Mundial da Saúde) ainda recomenda o item para todos os casos. Ao lado do distanciamento social, a agência orienta que o uso de máscara ainda é um das mais efetivas práticas para controle e transmissão das variantes de COVID-19.

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