“É necessário um período de transição”, afirma Marcos Trad sobre a liberação do uso de máscaras na Capital

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Foto: Arquivo

Seguindo a linha de estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, o governo de Mato Grosso do Sul decidiu ontem (9) acabar com a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos e fechados. Contudo, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), pretende fazer uso da autonomia da cada município para decidir sobre o tema. Ele deve divulgar uma orientação específica para a Capital na próxima semana.

A medida em âmbito estadual foi tomada após reunião entre o comitê do programa Prosseguir, presidido pelo secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, e a equipe técnica da SES (Secretaria de Estado de Saúde), incluindo o titular da pasta, Geraldo Resende. O secretário recomendou que pessoas classificadas como grupo de risco para a COVID-19 continuem usando a máscara.

Questionado sobre o assunto, Marcos Trad se disse contrário à decisão do governo e confirmou que pretende manter a obrigatoriedade do item de proteção em algumas situações. “É necessário um período de transição; não é simplesmente liberar o uso de máscaras da noite para o dia. Em ambientes fechados ainda é necessário, no transporte coletivo ainda há necessidade”, explicou o prefeito.

O gestor reconhece que já é possível fazer uma concessão quanto ao uso de máscaras em ambientes abertos, como praças e parques, uma vez que os índices de vacinação na cidade estão bastante avançados e os números de casos, internações e óbitos pela doença seguem estáveis. Mas, segundo Trad, outras questões também precisam ser analisadas nesse processo. “Temos de ver outras providências, como as limitações percentuais em estabelecimentos e o uso de luvas em self-service, por exemplo. Todo o nosso decreto será feito de maneira responsável, técnica, preservando a vida sem ferir a economia”, finalizou.

O texto completo será publicado na segunda-feira (14). De acordo com o secretário municipal de Saúde, José Mauro, a ideia é criar três tipos de classificação: ambientes em que o uso de máscaras está liberado, locais em que o uso é recomendado e estabelecimentos com uso ainda obrigatório. Escolas, órgãos públicos e ambientes em que atuam profissionais de saúde estariam incluídos na terceira categoria.

Com informações das repórteres Bárbara F. Bejarano e Camila Farias.

 

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