URGENTE: Pandemia traz aumento na miopia em crianças expostas a celulares

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Imagem: Reprodução/Divulgação

Com cada vez menos tempo para os próprios filhos, pais e parentes tendem a deixar as crianças imersas nos celulares, tablets e aparelhos eletrônicos o que tem aumentado expressivamente durante a pandemia agravando os casos de miopia infantil. Esta é a percepção da Dra. Flávia Sotolani, oftalmologista e especialista em transplante de córneas. 

Dra Flávia também destaca que nos adultoscausa cansaço e o grau vem aumentando. “O uso abusivo dos eletrônicos com telas, além da luz azul poder causar prejuízos na retina a longo prazo (como supomos acontecer), como a degeneração macular, causa uma fadiga, um cansaço nos olhos: o paciente sente os olhos pesados, muita dor de cabeça e vista  embaçada. Tudo relacionado a esse uso excessivo”, explica.

Ela orienta a seguir a Regra 20,20, 20. “A cada 20 minutos de uso de aparelhos eletrônicos (celular, computador, tablets, tv, etc) tem que parar 20 segundos e olhar para um ponto distante a 20 pés (mais ou menos seis metros) e depois volta para a atividade para ter um relaxamento. Realmente a pandemia trouxe maior agravo. No consultório é uma coisa muito frequente”, reforça. A oftalmo ainda destaca que crianças até dois anos devem evitar o máximo o uso de eletrônicos.

“Não devem ter contato com telas, principalmente, celular e tablet porque é um estímulo muito grande e fica muito próximo da visão. A partir dos três anos, pode usar por meia hora diária. Dos dez anos em diante já pode durante uma hora. O que não acontece. Vejo crianças passando mais de 12 horas nestes aparelhos”, ressalta.

Solução 

A solução mais rápida é diversificar. “Tem que praticar outras atividades para que a gente consiga manter a saúde ocular em dia e sempre procurar um oftalmo, além da Regra do 20, 20, 20”, pontua. Para evitar a progressiva perda visual, a profissional recomenda ir ao oftalmologista uma vez por ano, principalmente as crianças para evitar até a perda da visão quando adulto. 

“Antes não se tinha preocupação com a saúde ocular das crianças. Hoje estou atendendo muito adulto que deixou de enxergar de um olho ou deixou de enxergar dos dois olhos porque na infância não teve o diagnóstico. Hoje, depois de muitas campanhas dos oftalmologistas, os pediatras já têm essa preocupação. Uma vez por ano mandam o paciente”, aponta Dra Flávia.

Isso não isenta o adulto de cuidar da saúde dos olhos. “O adulto também precisa consultar o oftalmologista porque existem doenças silenciosas como glaucoma e na retina, mas a gente não consegue ter uma perda de visão súbita, ou seja, o paciente vai perdendo progressivamente e tem como ser evitada se pelo menos uma vez ao ano ele vá ao oftalmologista e não só vá examinar o grau do óculos. Ele precisa fazer um check-up ocular para ver se não há outras coisas para serem avaliadas e tratadas”, finaliza.

transplante de córnea

Com a pandemia, a oftalmologista lembra que ficou ainda mais difícil a captação de órgãos porque tudo está muito restrito para a segurança da equipe e das pessoas. “Vejo muita gente cheia de angústia na fila para conseguir o transplante. Elas voltam todo mês angustiadas e perguntam se mudaria algo se fossem para o particular. Respondo que o banco de captação de órgãos é único. Ou seja, dá na mesma se é público ou privado.  Então, se você tem vontade, seja um doador. Avise sua família porque é muito importante a reabilitação dos pacientes para voltarem a enxergar ou ter uma qualidade ocular. O transporte de córnea é um dos transplantes que mais dá certo. Vale muito a pena doar os orgãos”, solicita. 

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