Após greve de enfermeiros, UPA da Coronel Antonino tem fila de espera

Foto: Mylena Fraiha
Foto: Mylena Fraiha

Na manhã desta terça-feira (28), os pacientes da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na Coronel Antonino tiveram que enfrentar uma grande fila de espera, que chegou a dobrar o quarteirão. O atraso incomum aconteceu um dia após a greve dos trabalhadores da enfermagem de Campo Grande.

De acordo com a superintendente da Rede de Assistência à Saúde, vinculada à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Ana Paula Gonçalves de Lima Resende os atrasos têm relação com a greve e o grande número de pessoas que solicitaram exames e consultas.

“Todos os dias a UBS atende por demanda agendada 60% e espontânea 40%. São 40 a 60 exames por dia para coleta de sangue, restante de ontem, devido à greve muita gente decidiu vir hoje”, relatou a superintendente a uma rede de televisão local.

A Sesau informou, por meio da assessoria de imprensa, informou que os exames são realizados de forma espontânea ou por meio de agendamento, entretanto há um número limitado de atendimentos por dia. “A Sesau reitera que o agendamento tanto para exames quanto para consultas é feito diariamente e não apenas uma vez no mês”.

Fila de espera

Durante a espera, alguns pacientes reclamaram da demora no atendimento. Paloma Uemura, de 22 anos, relatou que veio à UPA da Coronel Antonino porque estava com sintomas de gripe e dificuldade para respirar. Ela conta que chegou na UPA por volta das 7h40 e só passou pela triagem às 9h50.

Paloma também acredita que a demora tenha relação com a greve dos enfermeiros, que foi encerrada ontem (27), mas ainda tem pautas em discussão. “Eu não tiro a razão dos enfermeiros, em fazer a greve. Só que precisam pensar nos pacientes e crianças doentes que esperam atendimento”, reclama.

Outra paciente, que não quis se identificar, alegou que o atendimento geralmente é rápido, mas que hoje estava com atraso incomum. Apesar de ser afetada, ela é a favor da greve. “Acho que eles [enfermeiros] têm direito a isso. Os políticos sempre têm o salário no dia certo e ganham bem. Os enfermeiros merecem também”.

No caso da biomédica Gabriely Almeida Dias, 23 anos, ela foi até a UPA da Coronel Antonino após não ter atendimento na UBS (Unidade Básica de Saúde) próxima a sua casa. “Desde ontem eu tenho passado por febre, dor nas costas e no corpo. Então eu fui em duas UBS próximas a minha casa, na Coophasul, aí falaram que estavam com muita demanda para realizar encaixes de consulta. Era só com horário marcado. Então mandaram eu vir para cá. Falaram que estavam atendendo mais rápido, mas ainda não passei pela triagem”.

Ela também se mostrou favorável às reivindicações dos trabalhadores da enfermagem. “Eu acho que a greve é correta. Eles têm que ir atrás dos direitos deles. Deve estar difícil para eles”, comenta.

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