Servidores municipais que atuam na Reme (Rede Municipal de Ensino) de Campo Grande entraram em greve na manhã de hoje (31), a paralisação irá impactar a rotina dos mais de 100 mil estudantes matriculados na Capital, que podem inclusive ficar sem merenda.
Os manifestantes reivindicam reajuste salarial para a categoria, o pagamento imediato da insalubridade dos servidores da saúde e o aumento do auxílio alimentação em R$ 500. Atualmente, o valor pago do benefício alimentar é de R$ 294.
Mesmo com a greve, 30% dos servidores seguirão trabalhando em escala de plantão para não deixar os estudantes desamparados. Por conta da paralisação, as escolas funcionam em horário especial.
Na última sexta-feira (25), os servidores promoveram uma manifestação em frente à prefeitura de Campo Grande, para reivindicar a valorização da categoria. Na ocasião, o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais), vereador Marcos Tabosa (PDT), afirmou que o decreto N 15.168, postado pela prefeitura na edição extra do Diário Oficial, é “uma palhaçada vergonhosa e desrespeitosa com os servidores da saúde”.
O decreto diz respeito ao pagamento da gratificação de insalubridade, que, de acordo com o documento, tem porcentagens calculadas com base no salário mínimo atual (R$ 1.212,00) e estabelecidas em 20% (equivalente a R$ 242,40), 30% (R$ 366,00) e 40% (R$ 484,80).
“O prefeito é cruel e maléfico, mas não vai ficar assim. Nós, do Sisem, vamos lutar. Queremos negociações e diálogos, não guerra”, enfatizou Tabosa.
Às 9h está marcada uma manifestação na praça do Rádio, região central de Campo Grande.