Serviço bucomaxilofacial da Santa Casa é referência em MS

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Foto: Divulgação Santa Casa

Há 73 anos, que o serviço de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial foi implantado na Santa Casa de Campo Grande, pelo Dr. Kalil Rahe, e desde então segue atendendo diversos setores relacionados a traumas de face, bem comuns em casos ambulatoriais e cirurgias eletivas que chegam ao hospital pelo sistema de regulação do SUS (Sistema Único de Saúde), o SISREG, (Sistema de Regulação de Procedimentos).

O jornal O Estado conversou com o cirurgião-dentista Dr. Herbert Cavalcanti, que está à frente da equipe de bucomaxilofacial da Santa Casa, para saber como funciona este trabalho que é fundamental, principalmente em atendimentos de urgência e emergência.

“Nós temos um trabalho técnico científico muito apurado, mas sem deixar de lado a humanização do atendimento. A gente atua em várias áreas, tanto na entrada do paciente, via regulação, ao paciente do pronto-socorro, vítima de trauma. Além de atuar na traumatologia, nós ainda atuamos nos diagnósticos de patologias, orais e faciais. Também tratamos das deformidades endofaciais, que são aqueles problemas que o indivíduo tem de crescimento durante o desenvolvimento”, disse Herbert.

Uma pesquisa realizada pela equipe de bucomaxilofacial, considerando os anos de 2019 a 2021, indicou que 612 pacientes foram atendidos pela equipe na Santa Casa, nesse período. Dos pacientes avaliados, o gênero masculino despontou como o mais comum entre os pacientes atendidos pelo serviço. Com isso, representou em 84%, a faixa etária do adulto jovem, que são aqueles com faixa etária de 21 a 30 anos.

A maior porcentagem de causa dos traumas faciais (55%) foi a advinda de acidentes de trânsito e em segundo lugar, com 19%, as agressões físicas. Os outros com porcentagens menores, se tratam de: quedas, acidentes desportivos, ferimento por arma de fogo e ferimento por arma branca.

“É importante observar que os principais são o acidente de trânsito e a agressão física. Então o trauma facial dentro de todos os traumas que a Santa Casa atua, sem dúvida nenhuma, está aí entre os principais. Até porque a gente faz um atendimento multiprofissional. Nossa equipe da cirurgia buco maxilofacial é formada por profissionais dentistas, cirurgiões dentistas especializados nessa área.

Então, na verdade é multiprofissional. Temos outros médicos, os enfermeiros, e toda as outras equipes auxiliares dentro do atendimento”, explica o doutor, que salientou que a intenção é a de devolver o paciente para suas atividades e o convívio social. 

Casos ambulatoriais 

Outro ponto citado pelo Dr. Herbert foram os atendimentos ambulatoriais, que acontecem por meio do sistema de regulação.

“O intuito é acompanhar esses casos, reabilitar dentro das condições possíveis. Da região de face e o tratamento tanto das patologias da região oral da região da boca e da face e o tratamento das deformidades endo faciais. E aí chamar bastante atenção sobre a deformidade dento facial que também, pela

Organização Mundial de Saúde é um problema de saúde pública. Esses pacientes sofrem muito durante toda a fase da adolescência e depois do início da fase adulta jovem, por conta dessas deformidades”, afirmou Cavalcanti.

Para chegar até o atendimento que é feito na Santa Casa de forma gratuita, é necessário um diagnóstico prévio e incluído no sistema de regulação. “Mas o importante, é passar para a população que isso pode sim ser feito gratuitamente pelo SUS, desde que haja um disgnóstico correto”, finalizou o odontólogo.

 

Por Camila Farias – Jornal O Estado do MS.

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