Sem se verem há 70 anos, irmãos ganham reencontro que até a polícia “interveio”

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Foto: Divulgação/PCMS

Corumbá, município distante 417 quilômetros de Campo Grande, foi palco para um reencontro emocionante entre dois irmãos que, por vias do destino, estavam separados há mais de 70 anos. João Barbosa de Lima, de 94 anos, procurava pelo paradeiro do “caçula” – Laurentino Martins e Souza, de 83. No dia de ontem (1º), a saudade foi aquietada e a fraternidade posta em xeque.

Residente da Capital, João – que é um policial civil aposentado – ganhou a ajuda da própria corporação que trabalhou para poder finalmente acabar com o hiato de sete décadas sem ver o irmão. Uma equipe da SIG (Seção de Investigações Gerais), da 1ª DP (Delegacia de Polícia) de Corumbá, ficou sabendo dessa história e resolver “intervir”.

Por meio de uma informação repassada pela DP de Coxim, agentes corumbaenses tomaram conhecimento de que o irmão Laurentino morava na Cidade Branca e de que o mais velho, João, estava à sua procura. Dito e feito, a reunião estava a um passo de acontecer.

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Reunião emocionante rendeu abraço e muita prosa para colocarem em dia. Foto: Leonardo Cabral/Diário Corumbaense)

Antes disso, mais de 70 anos atrás, a dupla de irmãos residiam em Corguinho ao lado do seus familiares quando acabaram perdendo o contato: o mais velho foi trabalhar em uma fazenda na região, enquanto que Laurentino se mudou para Cuiabá, capital do Mato Grosso, na companhia de outro irmão. Assim a vida passou.

A SIG corumbaense conseguiu localizar Laurentino já na Cidade Branca e acabou por, de fato, intermediar os primeiros contatos entre os familiares. Primeiramente, por telefone. Até que foi chegado o momento de agora, quando – na última terça-feira – os dois se reencontram presencialmente, na chácara do caçula.

“Coração está aqui no mesmo lugar, só que eu já vinha semanas aguardando esse encontro.
Por isso digo: estou bem mais preparado que antes!”, brincou João ao Diário Corumbaense.

Por trás das máscaras, sorrisos de carinho fraternal para essa dupla de velhinhos. Afinal, a vida que não para é cheia de surpresas. E foi vestido a caráter – como nos tempos de policial – que João abraçou Laurentino. O que é de sangue não se separa, mesmo sete décadas depois.

“São 70 anos. É muito tempo! Não pensei duas vezes em unir os dois. Gratificante participar desse momento. Eles são dois pais pra mim”, afirmou Andréia Pereira dos Reis, filha de Laurentino e sobrinha de João, ao Diário Corumbaense.

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