Após manifestação na frente da Prefeitura de Campo Grande nesta sexta-feira (25), a ACPMS (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) se reuniu com a prefeita Adriane Lopes (Patriota) para discutir sobre o reajuste salarial de 10,39% referente ao mês de novembro, previsto na Lei Municipal nº 6.796/2022.
A reunião ocorreu após os profissionais da educação bloquearem o trânsito da Avenida Afonso Pena, exigindo que a situação fosse discutida e que a lei fosse cumprida.
O professor e presidente da ACP, Lucilio Souza Nobre, explica que a situação não é cabível de negociações, já que os reajustes são previstos em lei. “Nós não estamos em negociação, é uma lei; a negociação foi feita no inicio do ano, tivemos mobilizações, paralisações, caminhadas e agora nós queremos que ela de a posição dela sobre o cumprimento dos 10,39%. Não dá para negociar, como não deu essa garantia, nós estamos aqui hoje, nesta paralisação de toda a Rede Municipal para que a prefeita nos receba. Vamos aguardar a reunião e a 14h há uma assembleia marcada na ACP, para que a gente possa discutir os próximos passos caso não seja cumprido”.
Ao final da reunião, Lucilio agradeceu aos professores que compareceram a manifestação e cobraram pelos direitos da categoria. “Primeiro quero agradecer a persistência, paciência e coragem de vocês, não é pouca coisa o que vocês estão fazendo em nome dos quase 8 mil professores. A responsabilidade não é apenas por quem está aqui e sim por todos. Foi discutido uma saída neste momento, mas não contemplou os professores, portanto vamos nos reunir as 14h em assembleia geral e deliberamos que iremos seguir em paralisação nesta sexta-feira”.
Sem diálogo entre o sindicato e a prefeitura, a paralisação continua nesta sexta-feira, e está marcada uma assembleia geral às 14h na sede da ACP, para discutir os próximos passos. Na dispersão da manifestação, os professores pediam greve.
Reajuste previsto em Lei
Após Assembleia Geral realizada na ACPMS (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) na tarde de quarta-feira (23), os professores da educação pública da Reme (Rede Municipal de Educação) decidiram, por unanimidade, paralisar as atividades na sexta-feira (25).
A decisão da paralisação e de uma possível greve ocorre após a prefeita Adriane Lopes (Patriota) descumprir a determinação da Lei Municipal nº 6.796/2022, que previa o reajuste de 10,39%, referente ao mês de novembro deste ano. A lei estabelece os índices de correção para o ano inteiro e prevê um cronograma de integralização do valor do piso nacional do magistério ao piso de 20b horas da Reme até 2024 e o reajuste deverá ser pago de forma escalonada. Os professores devem receber, percentual especifico do piso nacional, de R$ 3.845,63, a depender da classificação do funcionário.
A prefeitura realizou reunião e declarou que não irá pagar o reajuste referente ao mês de novembro e encaminhou a ACP o Oficio nº 43863, que comtempla apenas a correção do mês de dezembro em 4.7891%, índice previsto na Lei do Piso 20h. Com isso, a assembleia da ACP decidiu de forma unanime a paralisação das atividades, com concentração às 7h30 na sede do sindicato e passeata até a prefeitura da Capital.
Com informações do repórter João Gabriel Vilalba.
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