Sedentarismo: por que é preciso movimentar o corpo?

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Foto: Reprodução

O sedentarismo tem sido um problema cada vez mais comum na vida das pessoas, atingindo principalmente crianças e adolescentes. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), aproximadamente 70% da população, no mundo, é sedentária, estando mais suscetível a doenças como obesidade e diabetes. Além disso, cerca de 300 mil pessoas morrem devido a doenças associadas ao sedentarismo, anualmente.

“O estado de sedentarismo gera inúmeras consequências para a saúde de um indivíduo. A cada dia ficamos mais maduros e a velhice também atinge o organismo, os órgãos também envelhecem e isso reflete nas funcionalidades biológicas”, explica Diogo Barbosa, educador físico e professor do curso de Educação Física da Estácio.

Além disso, a OMS também alerta que os brasileiros se exercitam menos do que deveriam, tendo como parâmetro a prática de, pelo menos, duas horas e meia de esforço moderado ou 75 minutos de esforço intenso por semana.

Segundo o docente, distintas áreas do corpo são afetadas pela ausência da prática de exercício físico a longo prazo. “A perda de massa muscular, denominada sarcopenia, é real com o envelhecimento e tal perda torna o indivíduo cada vez mais dependente de alguém ou de instrumentos, como bengala e andador, para que consiga realizar suas atividades diárias básicas”, completa.

O sedentarismo também pode contribuir com o aparecimento precoce de doenças crônico- -degenerativas. “Síndromes metabólicas como a obesidade, diabetes, hipertensão e cardiopatias são comuns em pessoas que levam uma vida sedentária”, aponta.

Mas o educador físico também esclarece que o sedentarismo é um estado do qual é possível sair a qualquer momento, a depender da vontade e interesse de cada ser. “Sair de um estado passivo para um estado ativo é possível, mas é preciso também respeitar o tempo e limite de cada corpo. Vivemos em uma sociedade caracterizada pela busca por resultados rápidos. Vivemos a era do imediatismo e as pessoas estão a observar a prática de exercício físico como algo que pode entregar resultados imediatos e não pode ser assim”, afirma.

Diogo reforça que a prática de exercício físico requer uma regularidade, continuidade e tempo para que os benefícios sejam conquistados e, muitas vezes, as pessoas não estão dispostas a viver o processo.

Estratégias que podem ajudar quem está em busca de uma saída para o sedentarismo

Busque avaliação médica para compreender o cenário de saúde no qual se encontra;

Busque orientação com o profissional de educação física;

Procure realizar atividades prazerosas e que tragam bem-estar;

Defina uma rotina de atividade física que se encaixe em sua rotina diária;

Inicie, dê o start, mesmo que não se considere 100% pronto.

A prática de exercícios traz diversos benefícios, como a normalização dos níveis de colesterol, triglicerídeos e glicemia, além de liberar endorfinas, fazendo com que o indivíduo se sinta com mais energia para as atividades diárias e melhore a qualidade do sono e do humor.

“Caso não goste de praticar nenhuma atividade física, compreenda que é essencial para a sua saúde. Encare como algo que vai trazer benefícios, tais como melhora na qualidade de vida, aumento na expectativa de vida, entre outros. Enxergue cada sessão de exercício como uma dose medicamentosa não farmacológica, que vai te fazer viver mais e melhor”, finaliza.

Por Bruna Marques – Jornal O Estado de MS.

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