Santa Casa usa tecnologia e aproxima paciente e família através de musica

Crédito foto: Dra Alyne Jatobá Simões - médica residente em Medicina Intensiva
Crédito foto: Dra Alyne Jatobá Simões - médica residente em Medicina Intensiva

Os ritmos são variados, tem samba, sertanejo, gospel entre outros que são possíveis de ouvir no CTI COVID-19 e CTI Trauma da Santa Casa de Campo Grande, após a implantação dos prontuários afetivos. A ideia é ir além do prontuário convencional, que foca em questões técnicas da saúde do paciente, como alergias e medicamentos, horários das refeições e troca dos lençóis.

O prontuário afetivo, como é chamado, já é usado em UTIs e enfermarias no Brasil tem como objetivo é acolher os pacientes e familiares por meio de um atendimento mais humanizado. E na Santa Casa de Campo Grande o projeto foi implantado em maio de 2021, inicialmente na CTI COVID-19 e CTI Trauma e existe para o futuro um projeto de expansão para as Unidades de Cuidado Prolongado e paliativos tendo em vista esse momento de pandemia, em que as visitas de familiares são mais restritas. Os prontuários afetivos são colocados na cabeceiras das camas de cada paciente, e através de um grupo no whatsapp os familiares são contactados desde o início do processo até o momento em que o paciente escuta a música.

“Esse modelo é bem simples, mas tem um impacto muito grande para o paciente, principalmente àquele que está sedado ou saindo de uma sedação. Chamar o paciente pelo apelido ou colocar uma música que ele gosta, estimula áreas do cérebro e resgata memórias positivas, além de ser um acolhimento para os próprios familiares”, conta a psicóloga da Santa Casa, Alexandra Nascimento.

O prontuário afetivo surge com esse objetivo de apresentar para a equipe quem é esse paciente e como é a vida dele fora do hospital. Essa é uma estratégia de humanização que tem conseguido resultados bem positivos. “A equipe consegue perceber a influência no tratamento do paciente quando aborda temas que ele gosta; a família, se sente mais confortável sabendo do atendimento humanizado que seu ente querido está recebendo; e o paciente se sente mais acolhido e apresenta uma melhor recuperação”, ressalta a psicóloga.

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