Situação se agravou desde a última tempestade no dia 16 de agosto
Por Camila Farias – Jornal O Estado do MS
Ver as ruas da cidade cheias de buracos não é novidade para a população campo-grandense. A situação fica ainda mais comum após as chuvas e tempestades que causam preocupação aos motoristas que trafegam pela Capital, principalmente porque precisam redobrar a atenção para desviar dos buracos e não adquirirem prejuízos, já que as crateras aumentam com o passar dos dias. Contudo, e para não correrem esse risco, vizinhos da Rua Alberta Lúcia no bairro Aero Rancho se reuniram para encontrar uma solução, já que estão cansados de esperar pelo município.
Um dos buracos da rua foi fechado com concreto, o que de acordo com o letrista Ledislau Pereira, 43 anos, apesar da boa intenção, é algo provisório pois o material utilizado não é próprio para o serviço. “Nós fomos jogando entulhos e foi segurando um pouco mais, eu até tenho um conhecido que trabalha nessa área de recapeamento e pedi para vir dar uma olhada, pois o bairro todo está assim, mas eles não vieram e por isso optaram pela concretagem do asfalto porque estava atrapalhado muito aqui. Eu mesmo, já vi uns dois pneus estourar por conta desses buracos. Aqui no bairro nem a linha de ônibus se salva”, lamentou.
Na linha do ônibus, na Rua Charlote no mesmo bairro, a reportagem de O Estado encontrou mais buracos e o relato de um morador que já sofreu mais de uma vez por conta dessa situação.
O designer Felipe Rian, 20 anos, explicou que há alguns meses foram abertas algumas valetas e que a partir disso o asfalto nunca mais foi o mesmo. “Essa rua ficou três meses aberta, após eles virem fazer um remendo e acabou ficando. Aquele buraco ali atrás era pequeno e hoje já está enorme, chegamos a colocar até uma sinalização lá com um galho de árvore para tentar alertar os motoristas mas não resolveu, pois um carro acabou caindo no buraco e na hora de sair levou até o galho junto. Eu mesmo já caí mais de uma vez dentro dele”, afirmou Felipe.
Outro ponto destacado por ele foi que todo o bairro sofre com as ruas esburacadas e dá como exemplo a Avenida Costa Melo, que ressalta ter buracos de uma ponta à outra e que, mesmo sendo uma avenida, os olhos das autoridades não chegam até ela para tapar os buracos.
Nas falas dos os entrevistados, é possível notar que a preocupação aumenta com a previsão de novos dias de chuva, pois é quando já começam a prever os problemas com a abertura de novos buracos e a partir disso o recomeço dos transtornos para serem enfrentados pela população do bairro. A situação se repete em outros bairros da Capital, como, por exemplo, no Jockey Club, Azaleia e Vila Nasser, além da área central, que também sofre com as ruas esburacadas e corre ainda mais risco por se tratar de um local de grande fluxo de veículos.
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