Ricardo Barros diz que ‘não há dados concretos’ em acusações na CPI da Covid

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O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), divulgou uma nota no domingo (27) para rebater suspeitas apresentadas na CPI da Covid no Senado sobre a compra da vacina indiana Covaxin.

“Fica evidente que não há dados concretos ou mesmo acusações objetivas, inclusive pelas entrevistas dadas no fim de semana pelos próprios irmãos Miranda. Assim, reafirmo minha disposição de prestar os esclarecimentos à CPI da Covid e demonstrar que não há qualquer envolvimento meu no contrato de aquisição da Covaxin”, disse o deputado.

Polêmica

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, levaram o presidente Jair Bolsonaro ao centro das apurações da CPI da Covid no Senado na sexta-feira (25). Eles afirmam que alertaram Bolsonaro sobre supostas irregularidades na compra da Covaxin.

O mandatário teria atribuído o caso a Barros, segundo o deputado Miranda, o que o líder do governo negou. Os irmãos afirmam terem tido um encontro com o presidente no Palácio da Alvorada, no dia 20 de março. Os irmãos tiveram um encontro com o presidente no Palácio da Alvorada, no dia 20 de março deste ano.

“Do ainda impreciso diálogo com o presidente da República, na transcrição da CPI, o caso em questão seria sobre a empresa Global e a compra de medicamentos não entregues. Trata-se de processo judicial, em que provo a minha conduta em favor do SUS, quando fui ministro da Saúde”, escreveu.

A Global é sócia da Precisa, responsável por intermediar a compra da Covaxin. A Global é alvo de investigação por venda de medicamentos ao Ministério da Saúde, e não entregues, na época em que Barros era ministro no governo Michel Temer (MDB).

“Embora a Global seja sócia da Precisa Medicamentos, em análise pela CPI, esse processo em nada se relaciona com a aquisição de vacinas da Covaxin. Não participei de qualquer negociação para a compra desse produto”, afirmou Barros.

Atualizações

Na sexta, segundo Luis Ricardo, ela deu aval para o processo seguir de compra da Covaxin, mesmo com dados ainda divergentes. O servidor disse que não quis assinar os papéis exigidos para a importação por causa de falhas.

Segundo ele, Régina Célia, fiscal do contrato e servidora da Saúde, avalizou a transação. O papel ainda estava no nome da Madison e tinha erro no volume de doses que embarcaria ao Brasil, segundo Luis Miranda. “Dos temas levantados até o momento, já posso esclarecer que, no caso da servidora Regina Célia reafirmo que não é minha a indicação para cargo”, escreveu Barros.

“Deve ser observado que ela é uma servidora concursada desde 1995, não podendo haver escolha ou não de sua participação na rotina do Ministério da Saúde. Ocupou mais de cinco cargos de livre nomeação em quatro gestões presidenciais anteriores ou ao longo do período de seis ministros da Saúde ao longo de sua carreira.”

(Com informações da FolhaPress)

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