Resende justifica suspensão de drives para testagem e comenta fala de Croda: “sinalização positiva”

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Foto: Saul Schramm/Governo de MS

Entrevistado por O Estado Online na tarde de hoje (23), o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende, argumentou sobre a desativação dos drive-thrus de MS voltados para testagem de COVID-19, isto já na semana que vem. Os três locais – um na Capital e outros dois no interior – estavam com atendimentos inferiores a 50% da capacidade.

Segundo o secretário, todos os municípios já se encontravam informados sobre a possibilidade de fechamento dos polos, até porque o prazo anterior – 31 de janeiro – foi prorrogado mais uma vez, agora para até 28 de fevereiro. No primeiro dia de março, todos os drive-thrus que realizam testes de COVID não farão mais esse tipo de atendimento.

“Nenhum [prefeito] se manifestou de forma contrária”, justificou Resende. Para ele, as próprias cidades do Estado irão absorver “naturalmente” a demanda – “então não há nenhuma preocupação com relação a isso”.

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Resende confirma: “não há preocupação com o fim dos drive-thrus para testagem”. Foto: Edemir Rodrigues/Governo de MS

Em sua fala, o titular da SES aproveitou a opinião do infectologista Julio Croda, veiculada nacionalmente sobre o possível fim da pandemia, para levantar aspectos regionais do tema.

“Croda nos dá subsídio, [tendo o governo] recorrendo a ele para orientações. Enquanto cientista bastante respeitado, concordamos com sua fala. É certo que, com o que ele disse, cada estado se manifesta de uma maneira diferente nesta pandemia. No momento, há uma concentração [do vírus] principalmente nos estados próximos à faixa litorânea. Então se por lá já há um indicativo [para o fim], consideramos verdade”, afirmou Geraldo Resende.

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Manchete desta quarta-feira (23) em imprensa nacional com a fala do especialista. Foto: Reprodução/O Globo

De acordo Julio Croda, que é infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o Brasil já se encontra no caminho de transição para a COVID-19 se transformar de pandemia para uma endemia, isto é, quando a doença se torna recorrente, de modo que não há aumento significativo no número de casos/mortes e a população convive com a situação de maneira mais natural.

“É uma sinalização positiva”, confirma Resende. “Nos próximos dias
ou até mesmo semanas, é possível que MS já se alinhe nesse sentido”.

Contudo, o secretário traz uma ressalva: “é importante ficarmos bem atentos. Eventos inoportunos, principalmente agora na época de Carnaval, será um marco para provar [ou não] a adesão do sul-mato-grossense nas conhecidas regras sanitárias, estas que só por meio delas poderemos juntos chegar ao fim da pandemia”, finalizou.

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