[Texto: Por Suelen Morales e Michelly Perez, Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul]
Polícia Militar e Civil podem aderir ao projeto e expandir o sistema
O aplicativo “Educação mais Segura”, implementado na Reme (Rede Municipal de Ensino de Campo Grande), já está em uso no aparelho celular de 509 servidores lotados na Semed (Secretaria Municipal de Educação) ou na GCM (Guarda Civil Metropolitana). Desde o seu lançamento, no dia 7 de junho deste ano, a ferramenta, popularmente conhecida como “botão do pânico”, foi acionada
19 vezes.
Para o jornal O Estado, Paulo Fernando G. Cardoso, diretor-presidente da Agetec (Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação), destacou que o aplicativo é uma ferramenta que está
em constante evolução, sempre sofrendo atualizações e aperfeiçoamentos, conforme a necessidade da comunidade escolar e das forças de segurança.
“É um aplicativo a ser utilizado pelos servidores escolhidos pela Semed, como professores, diretores, coordenadores e pelos agentes da Guarda Civil Metropolitana. A partir do momento que o botão é apertado, essas equipes de segurança poderão se locomover de forma mais rápida pro local da ocorrência. Nossa intenção foi criar um aplicativo de forma muito simples e que faça essa ligação, entre a pessoa que está pedindo ajuda e a equipe de segurança da Guarda Civil Metropolitana”, explicou.
Recentemente, a ferramenta passou por novas atualizações, dentre elas a possibilidade de envio de áudio de 5 segundos e um novo recurso de denúncia de atividade suspeita. “É um ‘plus’ dessa ferramenta, um aperfeiçoamento. Estamos sempre em diálogo com as forças de segurança e de educação, para entender qual a necessidade e como dinamizar os chamados. Então, são dois momentos dentro da ferramenta: um que você pode enviar um alerta, que vai enviar a sua geolocalização e ainda pode enviar cinco segundos de áudio e o outro para relatar a atividade suspeita, de pessoas nas proximidades, informações que estejam circulando, ameaças até mesmo vindas de fora da escola”, acrescentou o gestor da Agetec.
Ainda conforme o secretário municipal de Segurança Pública, Anderson Gonzaga, quando o botão é acionado, as equipes da Guarda Civil Metropolitana recebem o Alerta 1 e chegam ao local em até 5 minutos.
“O áudio serve como uma prévia para informar a guarnição mais próxima do que está acontecendo. Isso serve para que os guardas decidam qual tipo de abordagem que farão. Nós recebemos a demanda nas sete regiões e todas as viaturas têm acesso ao aplicativo”, citou.
Diretoras avaliam ferramenta Para a diretora Aletéia Batistella Feitosa, da escola municipal José Rodrigues Benfica, onde o sistema já foi implementado, a ferramenta representou, na unidade, uma segurança a mais. “O aplicativo veio como uma preocupação da nossa prefeita, para auxiliar e ajudar a Guarda Municipal a chegar mais rápido onde estiver ocorrendo uma situação de pânico ou de conflito. Já estou cadastrada, já naveguei pela ferramenta mas espero nunca ter a necessidade de acionar. Por enquanto, somente eu e minha secretária temos acesso, sempre estamos na unidade escolar e entendemos que temos um controle da situação. Muitas das vezes, outros funcionários poderiam se apavorar numa situação adversa”, opinou a diretora.
Já para a diretora da escola municipal Pe. José de Anchieta, Valquiria Flogia, o botão de pânico por aplicativo é mais eficaz do que um botão físico. “É fácil de acessar, traz uma segurança para nós, como responsáveis pela comunidade escolar. O atendimento da guarda é muito rápido, em caso de urgência dentro e ao redor da escola também. Relatamos quando chega alguma coisa suspeita para nós”, avaliou.
Presidente sanciona lei que cria sistema nacional de monitoramento
Foi sancionada ontem (3), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a lei que cria um sistema nacional de monitoramento e combate aos casos de violência nas escolas de todo o país. A intenção é que seja disponibilizado, em todo o país, uma ferramente de disque-denúncia, para a obtenção de informações sobre casos de violência ou até mesmo de risco nas instituições de ensino. Para que isso seja concretizado, segundo a lei, o Poder Executivo será o responsável por instalar um número de telefone de acesso gratuito, em todo o país.
O texto ainda prevê a elaboração de estudos e levantamentos de ocorrências de violência escolar; sistematização e divulgação de medidas de gestão do combate à violência escolar; promoção de programas educacionais e sociais direcionados à formação de uma cultura de paz; prestação de auxílio às escolas consideradas violentas; e apoio psicossocial a membros da comunidade escolar vítimas de violência. Acesse também: Após mudança na lei, 1,2 mil pessoas já foram inseridas no antigo Proinc