Promessa de três shoppings na Capital não sai do papel desde 2011

Shopping Avenida Calógeras
Imagem: Reprodução/Valentin Manieri

Em um dos pontos foi instalado um estacionamento para carros

O plano de construir três novos shoppings em Campo Grande foi por água abaixo faz 10 anos. Estavam na lista para contribuir ainda mais com a expansão da Capital, um shopping na Avenida Calógeras, Moreninhas e Três Barras.

Conforme apurado pelo jornal O Estado, em 2011 o estabelecimento comercial que seria construído na Avenida Três Barras, com 90 lojas, teria investimento de R$ 20 milhões. No local, existe apenas um terreno baldio.

Outro que ficaria na Avenida Calógeras, esquina com a Rua Cândido Mariano, receberia o investimento de R$ 200 milhões na construção. O terreno se tornou um estacionamento de carros.

Nas Moreninhas, onde seria construído o shopping Cidade Morena, no valor de cerca de R$ 100 milhões, está vazio. No entanto, existe uma placa sinalizando uma futura instalação. A expectativa era de ter 200 lojas.

O superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Comércio Exterior, da Sidagro (Secretaria Municipal de Inovação Desenvolvimento Econômico e Agronegócio), Eduardo Santos, comentou sobre os três shoppings.

“Hoje não há na secretaria nenhum projeto deste porte andamento. O que havia era intenção dos empresários mencionados. Falando extraoficialmente sabemos do shopping das Moreninhas e até por isso o Fort Atacadista mudou de local para poder funcionar anexo tal qual no shopping Norte Sul”, explica.

Quanto às expectativas frustradas, Santos destacou que ocorreu uma série de acontecimentos que assolou o país. “Temos que levar em conta que neste período, o país mergulhou numa grave crise econômica, não sendo diferente em Campo Grande, o que levou a reprogramação de expectativas”.

O presidente do Secovi-MS (Sindicato da Habitação Mato Grosso do Sul), Geraldo Paiva explanou o cenário da época, pontuando motivos que contribuíram para a criação do Shopping Moreninhas. “Em 2015 as atividades econômicas estavam aquecidas o que levou o planejamento de novos pontos comercias”, apontou.

Contudo, a situação não saiu como o planejado, fazendo com que o cronograma de obras sofresse uma mudança, implicando até em cancelamentos de empreendimentos, como é o caso desses pontos comerciais. “Com a crise econômica da presidente Dilma, pandemia e dificuldades para aprovação dos projetos levou a redução dos investimentos”, afirmou o presidente.

Já em relação ao shopping na região da grande Moreninhas, o cenário pode ser diferente. “Tenho informações que já há várias empresas e restaurantes fechados com o grupo”, contou Paiva.

Empreendimentos ficam no esquecimento da população

Por outro lado, grande parte da população não se esqueceu da promessa de construção dos grandes empreendimentos. Na região do bairro Moreninhas, moradores acreditam que o shopping ainda se tornará realidade trazendo diversos benefícios.

“Espero conseguir ver esse shopping construído ainda. Seria bom demais um lugar assim perto de nós”, comenta a aposentada Alice Silva, de 60 anos. A aposentada destaca ainda que o assunto é antigo. “Eu me lembro de ouvir as pessoas comentarem, mas, faz tanto tempo que eu achei que não teria mais. Tomara que chegue essa maravilha para nós!”, pontou Alice.

A funcionária pública, Izaura Rocha, de 68 anos, trabalha no bairro e torce pela expansão do local, que segundo ela, tem grande potencial. “Parece que começaram a mexer nesse terreno ao lado do Fort e ouvi dizer que esse shopping será neste local”.

Para o operador de caixa Patrick Wallex Franco, de 20 anos, a possibilidade de que a obra se concretize é distante. “Acho que já são mais de nove anos desse papo de que vai construir um shopping por aqui. Então eu acho que não vai virar realidade”, supôs jovem.

Já na região central, os comerciantes divergem sobre a instalação do prédio comercial na Calógeras. “Parece que se esqueceram deste lugar. Abandonado por todos, se esquecem que aqui já foi à principal rua da cidade”, replicou o comerciário Radi Jaber, de 62 anos.

Do outro lado da cidade, na Avenida Três Barras. A construção de um centro comercial com o porte do previsto para área é desconhecido por uma parcela da população, entretanto, se dizem animados com a possibilidade. “Seria muito bom, aqui é um local em expansão, que já cresceu muito. Uma obra desse porte geraria muitos benefícios”, frisou o instrutor de musculação, Murilo Duarte, de 34 anos.

A repositora Larice Rodrigues, de 27 anos, relata que desconhecia a existência do projeto. “Eu nunca ouvi falar, mas acredito que seria uma coisa maravilhosa para todos”.

Por Evelyn Thamaris – Jornal O Estado de MS.

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