Expectativa é que mais de 12 mil pessoas sejam contratadas diretamente, em Inocência
Referência global nos setores de celulose, produtos de madeira, reservas florestais e bioenergia, a Arauco encerra 2023 com avanços importantes e excelentes perspectivas para o projeto Sucuriú, com os avanços para a instalação da primeira fábrica de celulose da empresa no Brasil, localizada na cidade de Inocência.
A expectativa é um investimento de US$ 3 bilhões. A unidade terá capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada ao ano e, no pico das obras, deve gerar 12 mil empregos diretos, além dos indiretos. Até agora, a empresa gerou, aproximadamente, 200 empregos diretos, dos quais, 90% dos funcionários são de Mato Grosso do Sul.
“Provavelmente vamos incrementar o plantio e são números menores do que as 600 pessoas que começaram a trabalhar. Na etapa de construção devemos ter um pico de 10 mil pessoas, em uma janela de 27 meses teremos cinco meses nesse pico.
Além disso, temos a operação, com as atividades de colheita e a fábrica de celulose, as primeiras estimativas que temos é de 200 na colheita e 500 na fábrica, todos estes sem os empregos indiretos. Por cada trabalhador direto da fábrica de celulose temos 20 em toda a cadeia. São muitas coisas ao redor de uma fábrica e é aí que eu vejo que podemos fazer uma sinergia, com empresas de serviço, capacitações e melhorar o entorno”, explicou Carlos Altimira – CEO da Arauco Brasil. Além disso, Theófilo Militão, gerente executivo de Relações Institucionais e ESG da Arauco, frisou que a intenção é mobilizar os profissionais da região para que se capacitem neste primeiro momento, a fim de que estejam aptos para trabalhar nas próximas etapas do projeto.
“Toda mão de obra tem diferentes níveis técnicos, temos construído estratégias para que essa mão de obra, que está em Inocência e região possa ser preparada, para que façam parte disso, aqueles que não estão capacitados, se capacitem. A nossa premissa é que toda a mão de obra do município, do Estado seja aproveitada”, comentou.
Para abrigar um contingente tão alto de colaboradores, a Arauco construirá um alojamento centralizado próximo ao local onde será construída a fábrica, com estrutura completa de moradia e lazer, reduzindo os possíveis impactos no dia a dia da cidade.
Com previsão de início das obras em 2025 e operação em 2028, o Projeto Sucuriú estará localizado a 50 km do centro da cidade de Inocência, na margem esquerda do rio Sucuriú, a 100 km do rio Paraná, próximo à rodovia MS-377 e à 47 km da malha ferroviária, facilitando a logística ao escoamento da celulose para exportação. A localização foi um dos fatores-chave para a escolha de Mato Grosso do Sul para o desenvolvimento de um projeto de tais magnitudes.
“Mato Grosso do Sul é um Estado com muito potencial de plantação e, para a instalação da fábrica, foi levado em conta o rio, a localização do porto, mas também a movimentação e para fugir um pouco da concorrência. Pois, obviamente, temos que ter um equilíbrio entre a oferta e a demanda e não temos essa concorrência. Temos muito espaço para desenvolver os nossos projetos”, comentou Carlos Altimiras.
Dentre os destaques, a unidade deve contar com um planejamento ambiental para proporcionar a geração de energia feita a partir do reaproveitamento de biomassa (cascas, lignina, entre outros insumos) não utilizados no processo da fabricação da celulose. Serão 400 MW (megawatts) de eletricidade no total, dos quais 200 MW serão usados para consumo próprio pela unidade industrial, que será autossuficiente. Além disso, orientada por sólidas políticas de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), a Arauco é a primeira empresa florestal do mundo a ser certificada como carbono neutro.
Construção em conjunto
Desde a assinatura do Termo de Acordo, em junho de 2022, diretores e a equipe técnica da Arauco têm se reunido com autoridades do município de Inocência e com representantes do Governo do Estado, para elaborar as questões relacionadas à infraestrutura da região, segurança, energia elétrica e demandas que surgirão com a implantação do projeto.
Por Michelly Perez.
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