Após a manifestação em frente a Prefeitura de Campo Grande, professores concursados e contratados da REME (Rede Municipal de Ensino) foram convocados, na tarde desta sexta-feira (25), para irem até a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) da Capital. Juntos ,eles discutiram sobre a reunião mais cedo com a Prefeitura e o indicativo de greve no próximo mês.
Cerca de 12 profissionais pediram para ter a palavra e discursaram sobre a importância de todos os professores aderirem as paralização, sobre a importância de informar a população o que tem sido discutido e da necessidade de um aumento salarial de 10,39%.
Foi decidido por unanimidade que, na próxima segunda-feira (28), os professores retornarão para as salas de aula com o intuito de informar a população. Porém, na terça-feira (29), haverá uma segunda paralização e reunião dos profissionais em frente a ACP, a partir das 8h, para aguardar a proposta da Prefeitura e para distribuir panfletos sobre toda a movimentação.
Para a imprensa, o professor e presidente da ACP, Lucilio Souza Nobre, reiterou que a categoria está indignada com a falta de reconhecimento e valorização com os professores. “Desde 2014 buscamos uma saída do cumprimento da lei do piso de 24 horas. Todos os prefeitos que passaram pela Capital alega a Lei de Responsabilidade Fiscal, então não é novidade essa desculpa.”
A legislação aprovada no início do ano traz um impeditivo para o município dar aumento imediato, já que condiciona o ato ao cumprimento do Limite Prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 51,3% para gastos com a folha de pagamento. Esse gasto era de 59,6% quando da aprovação da lei, e hoje está em 57,1%, depois que a atual gestão adotou medidas de enxugamento de gastos, que continuam em andamento.
“A Lei de Responsabilidade Fiscal impõe uma condicionamento que diminua o custo da maquina pública para cumprir as demais legislações. Então, hoje, a decisão da categoria é mais uma paralisação, demonstrando que temos um comportamento tolerante, vamos esperar a proposta da Prefeita na próxima terça-feira (29)”, explica.
Decisão em conjunto
“Vou pegar a proposta e apresentar na assembleia. Se concordarmos com o encaminhamento, será desfeita a greve que foi aprovada a partir do dia 1º de dezembro. A Prefeita não cumpriu o dever de casa, ela deve pensar em um outro meio de compensação. Quem tem que apontar a solução é ela. No último acordo que ela encaminhou, foi proposto o reajuste de 4.78 % de dezembro, mas cade o reajuste de 10,39% de novembro?”, questiona e conclui o professor.
Com informações dos repórteres Marcos Maluf com Mariely Barros