Produtos In natura reduzem custo da cesta básica em Campo Grande

Reprodução/Agência Brasil
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Em julho, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 10 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

Entre junho e julho, as reduções mais expressivas ocorreram em Natal (-3,96%), João Pessoa (-2,40%), Fortaleza (-2,37%) e São Paulo (-2,13%). Sete cidades tiveram alta: Vitória (1,14%), Salvador (0,98%), Brasília (0,80%), Recife (0,70%), Campo Grande (0,62%), Belo Horizonte (0,51%) e Belém (0,14%).

Entre junho e julho, o preço do litro de leite integral e do quilo da manteiga aumentou nas 17 cidades. Para o leite UHT, as maiores altas ocorreram em Vitória  (35,49%), Salvador (35,23), Aracaju (32,55%) e Natal (30,95%).

No caso da manteiga, destacaram-se as elevações observadas em Salvador (9,27%), Belém 8,87%) e Porto Alegre (7,49%). Em 12 meses, todas as cidades apresentaram acréscimo de preço nos dois produtos.

Para o leite UHT, as maiores variações acumuladas foram registradas em Florianópolis (80,91%) e Porto Alegre (78,33%). Para a manteiga, as taxas oscilaram entre 13,43%, em Natal, e 32,62%, em Salvador.

Efeito do período de entressafra

A extensão do período de entressafra, devido ao clima seco e à ausência de chuvas, somada ao aumento do custo de produção (medicamentos e alimentação) e à maior demanda por parte das indústrias de laticínios foram os fatores que seguiram elevando o preço nos derivados de leite no varejo.

O preço do quilo do pão francês subiu em todas as cidades, exceto em Aracaju (-0,57%). As maiores elevações ocorreram em Brasília (4,36%), Belo Horizonte (2,68%) e Goiânia (2,67%).

A farinha de trigo, coletada no Centro-Sul, teve o preço aumentado em oito das 10 capitais onde é pesquisada. As maiores variações ocorreram no Rio de Janeiro (6,95%), Brasília (6,11%), Vitória (5,79%) e São Paulo (4,91%).

Em 12 meses, o preço do pão francês apresentou alta em todas as cidades, as maiores em Brasília (28,56%), Salvador (28,30%) e Belém (27,05%). Em igual período, o valor médio da farinha de trigo acumulou aumentos entre 19,29%, em Florianópolis, e 41,24%, em Campo Grande.

Apesar da queda no preço internacional do grão, internamente, as cotações do trigo e da farinha seguiram em alto patamar, consequência da baixa oferta e da taxa de câmbio desvalorizada.

O valor do quilo da banana (prata e nanica/caturra) aumentou em 15 das 17 capitais, e as elevações oscilaram entre 0,14%, em Belém, e 16,29%, em Vitória. Em Natal (-5,05%) e João Pessoa (-2,42%), houve quedas.

Em 12 meses, a fruta apresentou alta de até 70,24% em Belo Horizonte. A menor oferta dos tipos de banana, diante de uma demanda firme, elevou o preço no varejo.  Houve queda do preço da batata em todas as cidades na região Centro-Sul, ondeo tubérculo é pesquisado.

A oferta foi normalizada em virtude da colheita da safra de inverno. As reduções mais expressivas foram registradas no Rio de Janeiro (-24,76%) e em Brasília (-22,46%). Em 12 meses, porém, as cidades apresentaram taxas positivas. Em São Paulo, a batata dobrou de preço.

O quilo do tomate diminuiu de preço em todas as capitais entre junho e julho. As taxas oscilaram entre -34,75%, no Rio de Janeiro, e -5,61%, em Belém. Em 12 meses, 12 cidades apresentaram variações positivas, entre 0,17%, em Florianópolis, e 117,73%, em Recife.

Em outras cinco capitais houve queda de valor: Belo Horizonte (-12,10%), Rio de Janeiro (-7,38%), Porto Alegre (-7,28%), Vitória (-3,95%) e Goiânia (-0,37%). A maturação rápida dos frutos elevou a oferta e os preços caíram.

A pesquisa captou diminuição no preço do óleo de soja em todas as cidades, exceto em Vitória (0,49%). As quedas mais expressivas foram registradas em Belém (-11,72%), Aracaju (-9,43%) e Natal (-6,30%).

Em 12 meses, o produto subiu em todas as cidades, com percentuais que variaram entre 17,75%, em Belo Horizonte, e 62,24%, em Curitiba. Os preços internacionais da soja caíram, em virtude da menor demanda dos EUA e da China. Internamente, a oferta maior e a menor demanda, devido aos altos patamares dos preços do óleo no varejo, explicaram o decréscimo do valor médio.

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