Entrevista: Rogério Leite, presidente do Conselho de Saúde diz que COVID-19 e guerra na Ucrânia são responsáveis por falta medicamentos

Presidente do Cosems
Divulgação/assessoria

O Cosems-MS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul) alertou para a falta de medicamentos essenciais em 94% dos municípios do Estado. De dipirona injetável à antibioticos, várias medicações estão escassas no mercado, com sérias dificuldades de acesso. Em entrevista ao O Estado Online, o Presidente do Cosems, Rogério Leite, afirmou que essa falta está relacionada a COVID-19 e guerra da Ucrânia, mas tem data para normalizar.

O Estado Online: O que levou a falta dos medicamentos em tantos municípios e por que esse alerta?

Presidente Rogério Leite: A falta de medicamentos é uma situação decorrente ainda da paralisação de diversos setores por causa da COVID-19. Por conta disso, teve uma diminuição do abastecimento de insumo e materiais em larga escala no Brasil e no mundo como um todo o que dificultou a importação dessa matéria-prima para que pudesse ser ofertado esses produtos medicamentosos produzidos de acordo com a necessidade da população.

O Estado Online: A guerra teria algum envolvimento nisso, na questão de aquisição para manipulação dos medicamentos?

Presidente Rogério Leite: Guerra da Ucrânia também tem uma consequência direta nisso devido a escassez do produto e dificuldade de importação de muitos materiais que vem daquela região.

O Estado Online: Essa falta afeta muito a saúde pública? Quem são os mais prejudicados?

Presidente Rogério Leite: Quem é mais prejudicado com isso tudo é a população, porque a gente trabalha para minimizar esses efeitos diretos e indiretos, pois tanto a COVID-19 quanto a guerra causam o desabastecimento dos produtos que toda a população utiliza e tem tanta importância.

O Estado Online: Como e quando pode ser solucionado o problema?

Presidente Rogério Leite: Essa é uma situação que todo o Ministério da Saúde, o Conas (Conselho Nacional de Assistência Social), Cosems e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde) já entraram em contato com todas as distribuidoras para que possa resolver isso o quanto antes.

O Estado Online: Qual prazo para essa falta ser reestabelecida?

Presidente Rogério Leite:De certa forma nós já temos uma resposta do Conas o Conasems e o Ministério da Saúde que será tão breve, em 30 dias essa normalização da exportação de matéria-prima e a distribuição a todos os municípios dos medicamentos que faltam.

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