Preços “salgados” de materiais escolares desanima consumidores e Procon destaca: “pesquisar é fundamental”

material escolar
Divulgação/Procon

Os preços dos materiais escolares em Campo Grande não tem agradado os consumidores, principalmente os pais que precisam se desdobrar para a garantir o material de mais de um filho. O valor alto dos cadernos, estojos e principalmente as mochilas tem desanimado a população que solicita fiscalização do Procon.

A dona de casa, Mayra da Silva de 29 anos, ficou surpresa quando foi as compras e se deparou com produtos com os valores bastante “salgados” comparado a anos anteriores. Ela que foi comprar os materiais para seus dois filhos de 11 e 4 anos destacou a indignação sobre os preços.

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Arquivo pessoal

“Fiquei chocada com os valores, sei que em todos os setores tiveram aumento, mas este não tem nem o que falar. Mochilas infantis chegando a quase R$ 200, cadernos e estojos com o preço lá em cima. Fiquei completamente desapontada porque se você se programa para comprar o material para os dois, com esses preços um deles, acaba saindo em desvantagem”, comentou.

Em uma pesquisa rápida em três lojas da região central, a equipe do jornal O Estado encontrou mochilas simples com preços a partir de R$ 50 na promoção até kits que chegavam a R$ 400. Cadernos de 10 matérias também estavam com preço médio de R$ 11,99 e estojos variavam entre $ 10 a R$ 25.

No início do ano, o Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) realizou uma pesquisa que detectava diferença de 1071,43%  nos preços dos materiais.

O superintendente do órgão, Marcelo Salomão, explica que a pesquisa tem como objetivo auxiliar o consumidor a encontrar os melhores preços na compra do material escolar. “Nossa intenção é ajudar a população e facilitar que nesse momento possam comprar os itens mais baratos em variados estabelecimentos”, disse.

Ainda segundo Salomão, não existe tabelamento de preços para esses materiais, pois existe a liberdade de mercado. O Procon monitora os valores através de pesquisas e caso haja um aumento injustificável do preço vamos é aberto um procedimento de investigação onde o local pode até mesmo ser autuado.

“Para economizar, o consumidor tem a melhor ferramenta na mão que é pesquisar, é fundamental. Faremos uma nova pesquisa no próximo mês para verificar se está tendo abuso nos preços”, explicou.

Abuso nas listas

O superintendente ainda enfatizou que os pais devem ficar em alerta sobre itens e produtos que não podem ser cobrados na lista de material escolar fornecida pelos estabelecimentos de ensino em Mato Grosso do Sul.

Marcelo Salomão, explicou que materiais de uso coletivo não podem ser exigidos nas listas de materiais escolares. “Estes custos correspondentes a estes produtos já estão incluídos no valor da mensalidade escolar. Os consumidores devem ficar atentos a pedidos abusivos em listas de materiais escolares”, disse.

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