A primeira pesquisa do ano sobre o preço dos combustíveis do ano revelou que a gasolina, o etanol e o diesel tiveram alta de 0,7%, 1,2% e 2,07%, respectivamente, em Campo Grande, na primeira semana de janeiro, em comparação com o último levantamento de 2019, realizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Segundo os dados da agência, o preço médio da gasolina saiu de R$ 4,217, entre os dias 22 e 28 de dezembro, para R$ 4,247 (+0,7%) do dia 29 de dezembro a 04 de janeiro. O preço mais baixo foi o encontrado no Posto Acacia Ltda, na rua 26 de agosto, no Centro, a R$ 4,149. O mais alto (R$ 4,399) foi registrado no Ideal Comércio de Derivados de Petróleo, no km 485 do anel rodoviário, no Jardim Noroeste.
Com alta de 1,2%, o valor médio do etanol subiu de R$ 3,510 para R$ 3,555. O valor mais em conta encontrado pela ANP foi no Auto Posto 2017, na Avenida Calógeras, também no Centro, por R$ 3,389. Já o menos em conta foi o do Auto Posto Aero Rancho, na avenida Calógeras, mesmo bairro, a R$ 3,699.
O diesel teve a maior alta pulando de R$ 3,716 para R$ 3,793. O posto Abastecedora Aparecida do Norte, localizado na rua Rui Barbosa, na Vila Liberdade, teve o menor valor encontrado (R$ 3,659), o mais ‘salgado’ foi registrado no posto Yonamine & Cia, da avenida Calógeras, a R$ 3,899.
Alta imperceptível em Mato Grosso do Sul
No Estado, a média do preço da gasolina sofre alta leve de 0,2%. Antes, na métrica usando os 85 locais de pesquisa espalhados em 7 cidades, o valor médio era de R$ 4,517. Na última análise, o custo passou a ser de R$ 4,526. Campo Grande se manteve na liderança dos preços mais atrativos. Na outra ponta da tabela, Corumbá é cidade com o combustível mais caro do Estado a R$ 4,728. Em Dourados, a alta registrada foi de 0,4%. Na cidade, o valor médio da gasolina passou de R$ 4,374 para R$ 4,394.
Polêmica do percentual do ICMS da gasolina
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que “não se estuda e não se vai estudar” a redução de ICMS sobre combustíveis para atenuar uma eventual alta da gasolina devido à crescente tensão entre Estados Unidos e Irã. A medida foi sugerida aos estados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Não há a menor chance de o governo federal depositar essa conta [da alta da gasolina] nos governos estaduais. Não faz o menor sentido isso”, disse Doria a jornalistas durante o leilão da concessão de rodovias Piracicaba-Panorama. Doria afirma ter conversado com outros governadores e que a posição dos estados é similar à de São Paulo.
“O governo de São Paulo não fará isso [reduzir o ICMS sobre combustíveis] e tenho a sensação de que os outros 26 governos também não. O sentimento que pude aferir dos governadores de todas as regiões do país é de que não faremos isso. Esse não é um tema estadual, é federal”, afirmou o governador.
Na segunda-feira (6), Jair Bolsonaro disse que não interferirá no preço da gasolina e que a tendência é de que o valor do combustível se estabilize. Sobre o assunto, o governo do Estado disse ao Jornal O Estado que “como o assunto não é oficial, o governo de Mato Grosso do Sul vai esperar para se posicionar”. Caso o presidente oficialize a declaração, o assunto será debatido no fórum dos governadores.
(Texto: Marcus Moura com informações do Folhapress)