Preço dos alimentos desaceleram inflação de maio em Campo Grande

Foto: Valentim Manieri
Foto: Valentim Manieri

Grupo de alimentação e bebidas teve queda de 0,9% 

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de maio em Campo Grande foi de 0,30%, 0,59 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de abril (0,89%). No ano, o índice de Campo Grande acumula alta de 3,06% e nos últimos 12 meses, 3,24%, acima dos 3,21% nos 12 meses anteriores. Em maio de 2022, a inflação de Campo Grande foi de 0,27%. 

No Brasil, o IPCA foi de 0,23% em maio, ficando 0,38 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de abril (0,61%). No ano, o IPCA nacional acumula alta de 2,95% e, nos últimos 12 meses, de 3,94%, abaixo dos 4,18% observados nos 12 meses anteriores. Em maio de 2022, a variação havia sido de 0,47%. 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta em maio, sendo o maior impacto (0,20 p.p.) e a maior variação (1,34%) de habitação. Na sequência, vieram saúde e cuidados pessoais (1,11%) e despesas pessoais (0,68%), contribuindo com 0,14 p.p. e 0,06 p.p., respectivamente. Os preços de transportes (-0,53%), alimentação e bebidas (-0,09%) e vestuário (-0,05) recuaram, em maio. Os demais grupos ficaram entre educação (0,11%) e 0,20% de artigos de residência.

Energia elétrica e botijão de gás 

Em Campo Grande, o grupo habitação obteve alta de 1,34%, porém mais modesta, se comparada ao índice do mês de abril (1,97%). Uma das maiores altas, para o mês de maio, veio do subitem energia elétrica residencial (2,47%) devido ao reajuste de 9,80%. 

As outras altas vieram dos subitens botijão de gás (3,86%), saco para lixo (1,33%) e gás de botijão (1,21%). Já no lado das quedas, se destacaram os subitens: material hidráulico (-1,59%), sabão em pó (-1,31%) e cimento (-1,19%).

Saúde e cuidados 

No grupo saúde e cuidados pessoais (1,11%), em Campo Grande, as maiores contribuições do mês vieram dos seguintes subitens: perfume (4,96%), neurológico (3,13%) e oftalmológico (3,00%). 

Destaque para a alta dos perfumes que, no mês anterior, registrou -1,58%, e dos produtos farmacêuticos (1,21%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março. As principais quedas ficaram com os subitens produto para pele (-2,27%), papel higiênico (-0,67%) e exame de imagem (-0,60%).

Alimentação e bebidas 

A queda observada no grupo alimentação e bebidas (de 1,20% para -0,09%) foi influenciada pela alimentação no domicílio, que passou de 1,44% em abril para -0,23%, em maio. No lado das altas, os destaques foram o alho (6,63%), a cebola (6,39%), o leite longa vida (3,21%) e o arroz (1,42%). Por sua vez, houve queda nos preços das frutas (-5,16%), hortaliças e verduras (-4,75%), feijão-carioca (-3,61%), do óleo de soja (-3,57%) e das carnes (-0,15%).

Transporte

O grupo transportes teve queda de 0,53%, com impacto de -0,11 p.p. no índice, influenciado pela baixa nos preços das passagens aéreas (-24,05% e impacto de -0,05 p.p.), da gasolina (-0,76% e impacto de -0,05 p.p.) e do automóvel usado (-1,07% e 0,03p.p.). Por outro lado, houve aumento nos preços do seguro voluntário de veículos (2,08%) e do etanol (1,44%). O grupo acumula alta de 3,09% no ano e queda de -7,02%, nos últimos 12 meses.

Outros setores 

No grupo vestuário (-0,05%), o item roupa infantil teve a maior influência com sua variação negativa (-3,0%) e impacto (-0,01 p.p.). Entre as altas, sapato masculino (2,75%) e lingerie (2,1%) foram os maiores números encontrados.

O grupo artigos de residência teve variação mensal de 0,2% em maio, tendo acumulado 0,95% no ano e 0,84%, em 12 meses. Os subitens com maior alta foram reforma de estofado (4,36%) e utensílios de vidro e louça (2,75%). Na contramão, as maiores quedas foram encontradas em conserto de aparelho celular (-2,76%) e móvel para sala (-1,89%). 

Em Campo Grande, o grupo educação teve variação de 0,11% em maio, após apresentar retomada em abril (0,22%). Esse resultado foi influenciado pela queda dos seguintes subitens: artigos de papelaria (-0,68%), papelaria (-0,61%) e caderno (-0,45%). No lado das altas, destacam-se os subitens autoescola (1,66%) e atividades físicas (1,35%). 

O grupo despesas pessoais voltou a cair em maio (0,68%). A variação mensal foi influenciada pela queda nos subitens bicicleta (-2,45%), sobrancelha (-1,64%) e tratamento de animais em clínica (1,60%). No lado das altas, os destaques foram: jogos de azar (12,18%), casa noturna (1,89%) e cinema, teatro e concertos (1,40%). 

O grupo comunicação apresentou variação de 0,19%. Esse número é fruto direto dos resultados obtidos pelos subitens aparelho telefônico (0,90%) e plano de telefonia fixa (0,53%).

 

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