Preço da cesta básica sobe para R$ 738,53 em Campo Grande

mercado

O acumulado chegou a 15,15% no ano

A cesta básica em Campo Grande subiu para R$ 738,53 em novembro, tendo aumento de 0,67% se comparado ao mês anterior quando estava custando R$ 733,65. Com isso, é considerada a 5° mais cara entre as 17 capitais. É o que mostra pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada na terça-feira (6). Já o valor da cesta para uma família de quatro pessoas saiu de R$ 2.200,95 para R$ 2.215,59 (0,67%).

No ano, de janeiro a novembro, a variação chegou a 15,15% e em 12 meses a 14,47%.A economista do departamento, Andreia Ferreira, explica que a alta nos alimentos é comum na época do fim de ano.

“Neste período de festas, é comum registrarmos alta de preços. O mês de novembro é chuvoso, acabou prejudicando um pouco o processo de colheita de algumas culturas como o tomate e a batata, que tiveram um novo aumento – ainda que menos do que nos meses anteriores – porém, o patamar de preços já estava elevado”, afirma a economista.

Outras capitais No ano, as cidades com maior acumulo de alta, são: Goiânia (15,45%), Campo Grande (15,15%), Brasília e Belo Horizonte (14,58%) e Porto Alegre (14,44%). Em Recife, foi registrada a menor variação, de 3,56%, em 2022.

Já na passagem de outubro para novembro, as altas mais expressivas ocorreram em Belo Horizonte (4,68%), Florianópolis (2,96%), São Paulo (2,69%) e Goiânia (2,03%). São Paulo apresentou o maior custo (R$ 782,68), seguido de Porto Alegre (R$ 781,52), Florianópolis (R$ 776,14), Rio de Janeiro (R$ 749,25) e Campo Grande.

Alimentos

Ainda de acordo com o levantamento feito pelo Dieese, o pão francês vendido em Campo Grande teve queda de 1,12%, sendo o alimento que apresentou a retração mais expressiva de preços, sendo comercializado a R$ 15,88 o quilo, apesar da variação positiva no preço da farinha de trigo (0,41%).

As baixas foram notadas nos preços do feijão carioquinha (-0,99%), a banana (-0,43%) interrompeu o ciclo de cinco meses de altas, mas mantendo o preço médio elevado para o consumidor em R$ 13,98. O leite de caixinha teve queda de -0,34%, o café em pó -0,16% e a carne bovina -0,10%.

O tomate e a batata registraram as altas mais expressivas, na Capital. Comercializado ao preço médio de R$ 6,03, o tomate teve variação de 8,65%, e a batata apresentou alta de 4,32% e preço médio de R$ 5,55.

A manteiga subiu 2,52%, arroz agulhinha (1,41%), açúcar cristal (0,52%), farinha de trigo (0,41%) e o óleo de soja (0,22%).

Salário mínimo

O tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos da cesta básica na Capital foi de 134 horas e 4 minutos.

O comprometimento do salário mínimo líquido para aquisição de uma cesta básica para uma pessoa adulta, chegou a 65,88% dessa renda.

No Brasil, no mês de novembro deste ano, o tempo médio necessário foi de 121 horas e 02 minutos, maior do que o registrado em outubro, de 119 horas e 37 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5%, referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, em novembro de 2022, 59,47% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos.

O percentual é maior que em outubro, quando precisou usar 58,78%. Em novembro de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 58,95%.

Por Marina Romualdo – Jornal O Estado de MS.

Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado de MS.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *