Por Taynara Menezes – Jornal O Estado MS
O valor de R$ 706,12, em maio, ocupa 62,98% da renda mensal do trabalhador
O preço da cesta básica, em Campo Grande, continua pesando na renda mensal do trabalhador. Conforme levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), mesmo que em maio o preço tenha se reduzido para R$ 706,12, ainda ocupa 62,98% do salário-mínimo líquido, que, descontada a Previdência (7,5%), sai de R$ 1.212 para R$ 1.121,10.
“O valor ainda custa mais da metade do salário-mínimo desde o ano passado quando entramos na casa dos 60% e não saímos mais”, destaca a economista do Dieese de Campo Grande, Andrea Ferreira.
Em relação à jornada de trabalho, são necessárias 128 horas e 10 minutos para comprar o conjunto de alimentos para uma pessoa. Neste caso, seria necessário trabalhar 8 horas, por cerca de 16 dias.
Retração
Conforme o último levantamento, Campo Grande registrou a queda mais expressiva do país, de 7,30%. Em seguida estão Brasília (-6,1%) e Rio de Janeiro (-5,84%).
“Depois de quatro meses em alta, finalmente a primeira retração. A mais expressiva foi em Campo Grande”, comentou a economista do departamento. Em relação ao preço, Andrea ressalta que foi influenciado pela queda dos valores dos produtos do campo, como tomate e batata.
“Tivemos uma retração também nos produtos do campo, que eram os que mais pesavam na cesta. Dessa vez caiu o preço do tomate. Esse foi o principal responsável pela queda expressiva”, completou.
Em contrapartida, o acumulado em 12 meses chegou a 22,80%. No ano, o resultado é de 10,10%. “Chegamos a 20% no acumulado de um ano, isso só nos cinco primeiros meses, é muita coisa, variação de 20% no ano é alto, mas são 12 meses e, neste prazo, muita coisa pode acontecer, já em cinco meses é mais complicado”, destaca.
Itens
O tomate teve redução de 40,04%. Seguido de batata (-15,68%), banana (-14,42%), café em pó (-4,91%), óleo de soja (-1,99%), açúcar cristal (-1,88%) e carne bovina (-0,74%).
Em contrapartida do cenário, a farinha de trigo continuou pesando no bolso, com variação de 5,02%, chegando ao preço médio de R$ 4,74 o pacote com um quilo. O leite de caixinha teve aumento de 4,69%, o feijão carioquinha (1,98%), o pão francês (1,44%), o arroz agulhinha (1,16%) e a manteiga (0,83%).
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