Postos de combustíveis mudam preço da gasolina em questão de horas

Gasolina
Foto: Nilson Figueiredo/Jornal O Estado

Aqueles que esperaram iniciar a semana para ir em busca de gasolina mais em conta encontraram outra realidade. A equipe de reportagem do jornal O Estado foi a alguns postos de combustíveis e já encontrou diferença de até R$ 0,15 no preço; alguns até mudaram em questão de horas. Isso porque, no último sábado (18), a Petrobras aumentou a gasolina em 5,2%, nas distribuidoras, e o diesel, em 14,2%.

No posto Alloy, localizado na Rua Marechal Rondon, na manhã de ontem (20) o litro custava R$ 6,79. Após o almoço o valor passou para R$ 6,89, em razão da nova remessa que tinha chegado ao local.

Já em um posto na Avenida Calógeras com a Salgado Filho, o aumento foi de R$ 0,15, saindo de R$ 6,84 para R$ 6,99. Segundo o gerente operacional do estabelecimento, que preferiu não se identificar, o reajuste é inevitável e a saída é buscar estratégias pensando no lucro e também no consumidor.

“Nossas margens estão no limite, não tem o que fazer, senão começa acumular prejuízo. A gente procura sempre repassar de uma forma que não fique muito agressiva e dentro dos parâmetros. A margem já está muito baixa e foi uma opção para ajudar o cliente, não está fácil para ninguém”, afirmou.

Em outros dois postos, situados na Avenida Costa e Silva, a gasolina estava a R$ 6,84 o litro, antes do aumento, e no sábado (18), dia em que começou a valer o novo valor nas distribuidoras, ambos passaram para R$ 7,04. Depois disso, ontem, reajustaram para R$ 6,99.

Na mesma avenida, outro estabelecimento tem buscado alterar o valor aos poucos, para evitar um impacto maior aos clientes. “Estamos repassando os reajustes gradativamente, para não pesar no bolso do cliente e também não ter prejuízo para nosso estabelecimento”, argumenta o gerente do local, que também não quis ter o nome divulgado.

De acordo com o diretor- -executivo do Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul), Edson Lazarotto, a mudança de preço vai de acordo com cada revendedor.

“A concorrência é livre e cada revendedor analisa sua condição de reajustar totalmente ou não, e também quando”, explicou.

Ainda segundo Lazarotto, na área central foi observada alteração de no mínimo R$ 6,94 e no máximo R$ 7,07.

Fiscalização

O superintendente da Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul), Rodrigo Vaz, explica que o órgão já recebeu diversas denúncias sobre postos da Capital, que mudaram o valor antes de acabar o estoque.

Vaz adiantou ao jornal O Estado que será feita uma ação conjunta com a Procon municipal para fiscalizar os postos.

“Se o posto aumenta antes do dia permitido, é uma infração contra o consumidor, neste caso é aberto um processo contra ele. São dois pontos cruciais nessa investigação, se ele vendeu o estoque antigo com preço novo e se ele aumentou, sem justa causa, a margem de lucro dele”, esclarece.

Projeto

O novo reajuste contraria o PLP (Projeto de Lei Complementar) 18/2022, que limita o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre bens e serviços relacionados a energia elétrica, gás natural, combustíveis, comunicações e transporte coletivo em 17%. O objetivo é tentar reduzir os preços ao consumidor final.

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