PMA realiza blitz educativa na BR-262 para alertar sobre riscos de alimentar animais silvestres

Foto: Nilson Figueiredo
Foto: Nilson Figueiredo

Na manhã desta sexta-feira (2), a Polícia Militar Ambiental (PMA) realizou uma blitz educativa no Bairro Indubrasil, na saída para Terenos, ao longo da BR-262, em Campo Grande. A ação teve como foco conscientizar motoristas, turistas e moradores sobre os riscos de alimentar animais silvestres — prática ilegal conhecida como “ceva” — além de orientar a população sobre como agir em casos de atropelamento de fauna nas rodovias.

A blitz contou com o apoio de seis viaturas e envolveu a distribuição de panfletos, adesivos e questionários educativos, especialmente voltados para pescadores e frequentadores da região. A iniciativa ganhou força após o recente ataque de uma onça-pintada que matou um caseiro no Pantanal sul-mato-grossense, fato que acendeu o alerta sobre os impactos do contato irregular com animais selvagens.

A ação foi bem recebida por quem passou pelo local e, segundo o major Diego Ferreira, comandante do primeiro batalhão de Policia Ambiental, a blitz de hoje faz parte de uma série de ações que serão realizadas durante o mês.

Major Diego Ferreira – Foto: Nilson Figueiredo

“Hoje o tema específico é a ceva, mas essa é uma atividade, dentro de um hall de atividades que estamos desenvolvendo neste mês de maio, que antecede a semana do meio ambiente em junho. As pessoas que vão pegar a região do Pantanal passam por aqui, e a região do Pantanal é um grande tesouro do Mato Grosso do Sul, necessita ser preservada. O trabalho de educação ambiental não para. Vale reforçar que a gente não está lidando só com onças e sim, todos os animais silvestres. O grande objetivo nosso é que as pessoas não interfiram na vida livre do animal, pois, é possível o avistamento desses animais sem práticas ilegais, sem seva, que o nosso estado é rico em fauna, em flora, em todo o meio ambiente.”

A ceva é caracterizada pela oferta de alimentos ou restos de comida a animais nativos, geralmente com o objetivo de atraí-los para observação ou registro fotográfico. Apesar de comum, a prática configura crime ambiental e maus-tratos à fauna, com pena de três meses a um ano de prisão, além de multas que podem chegar a R$ 5 mil, dependendo da espécie.

A PMA reforça que, em casos de atropelamento de animais silvestres, o motorista deve acionar imediatamente a Polícia Militar Ambiental pelo telefone (67) 3357-1500 e permanecer no local, mesmo que o animal já esteja sem vida. “Esse tempo é essencial para tentar o resgate. Se o animal estiver vivo, ele será levado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS)”, destacou um dos agentes da corporação.

 

Com colaboração da repórter Inez Nazira

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