Pix é o principal meio de pagamento dos pequenos negócios de MS

Fotos: Marcos Maluf
Fotos: Marcos Maluf

Segundo pesquisa, 53% dos clientes pagam desse modo pelas compras

Desde novembro de 2020, o Pix tem conquistado cada vez mais espaço no meio dos empresários, pela facilidade e comodidade nas transações financeiras. Pesquisa realizada pelo Sebrae mostrou que 53% dos pequenos negócios de Mato Grosso do Sul têm o Pix como a principal forma de pagamento feita por seus clientes.

A pesquisa faz parte do programa Pulso dos Pequenos Negócios, da Unidade de Gestão Estratégica e Inteligência do Sebrae Nacional, com apoio da Unidade de Competitividade e Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros. Foram ouvidos 130 empresários, em Mato Grosso do Sul. 

Vendedor em uma loja de aparelhos e acessórios para celulares no Camelódromo, William de Araújo Rocha confirma que a prioridade dele é receber por Pix, pois além da facilidade não é cobrada a taxa da máquina. No local, segundo ele, 50% dos clientes preferem esta modalidade. “No nosso dia a dia com as vendas de películas, capas de celulares e acessórios em geral, observamos que os clientes preferem pagar pelo Pix. A segunda opção é cartão de crédito. Confesso que, atualmente, a minha prioridade é com pagamentos via Pix, pois cai na hora e não cobra nenhuma taxa. Até porque muito dos nossos fornecedores só recebem com pagamentos feitos na hora, eles não aceitam parcelamentos”, explicou.

Por outro lado, ele reconhece que para os clientes não pode ser tão bom. “Para alguns clientes, essa forma de pagamento só não é viável por causa da opção de parcelamento que os cartões de créditos oferecem. Principalmente se a compra for em um valor muito alto, acima de R$ 100, os clientes já preferem parcelar, pagando com o cartão de crédito”, completou.

Outro vendedor de uma loja de utensílios no Camelódromo, Fabrício de Oliveira conta que 70% dos clientes pagam suas compras via transferências instantâneas.“Em torno de 70% das pessoas que eu atendo pagam utilizando o Pix. Ninguém hoje em dia anda mais com o cartão ou com dinheiro na carteira até por conta de segurança. Quando os clientes vão pagar, nós até já oferecemos o Pix da loja. Até porque, é uma forma de pagamento que não cobra taxa como, por exemplo, a maquininha de cartão, que já cobra”, comentou.

Outra facilidade que ele relata é em relação à entrega do produto, pois o moto entregador não precisa andar com dinheiro, o cliente faz a transferência direto para o dono da loja e cabe ao empregador somente fazer a entrega do aparelho. Outro segmento que aderiu à forma de pagamento via Pix, por causa das facilidades é o setor de vestuário, conforme relatou o vendedor Lucas Vasconcelos, que trabalha como vendedor em uma loja de roupas, no mesmo local. “Por ser mais rápido e prático, a maioria dos nossos clientes preferem, sim, pagar com o Pix. Para se ter uma base, entre dez clientes que passam pela loja cerca de sete pagam pelo Pix”, disparou.

Fotos: Marcos Maluf

Há três anos atendendo, em média, cerca de 90 clientes por semana, a empresária Carolina Hernandes Colombo é proprietária da marca Empadão da Carol, ela contou, à reportagem do jornal O Estado, que a maioria da sua clientela também paga diariamente usando o Pix. “A maioria paga por Pix. O que, de certa forma, agiliza muito o processo de entrega, pois, na hora de entregar nas residências, é só chegar e deixar a encomenda”, disse.

 

Pesquisa

Ainda conforme a pesquisa do Sebrae, para 14% dos pequenos empresários, o pagamento mais utilizado é o cartão de crédito; 9% recebem mais por cartão de débito; 7% DOC/TED; e 5% recebem mais dos clientes em dinheiro. Além do Pix, outra maneira que tem movimentado a economia do Estado e beneficiado os pequenos empresários sãoas vendas pela internet por meio das redes sociais. Ainda segundo a pesquisa, 63% vendem usando

o aplicativo WhatsApp, e redes sociais, como Instragram, Facebook, enquanto 37% disseram não utilizar essas ferramentas. Outro ponto esclarecido com a pesquisa é o mapeamento do público desses pequenos empresários, o qual aponta que, em Mato Grosso do Sul, 57% dos clientes estão na própria cidade, 19% no Estado, 17% no bairro e 4% em outros Estados.

Nos últimos 30 dias, 83% das pequenas empresas sul-mato-grossenses disseram que houve um aumento com as despesas em seus negócios, dentre gastos com aluguel, energia, insumos, combustíveis e mercadorias; 13% não apresentaram aumento com despesas.

Ao serem questionados sobre quais dificuldades os pequenos empresários vêm enfrentando atualmente, 43% responderam que são os gastos devido ao aumento com despesas, como: insumos, combustível, energia e aluguel. Já 27% responderam que a dificuldade maior está relacionada à falta de clientes. Uma parcela de 8% justificou pelas dívidas de empréstimos e 6% alegou dívidas com impostos. 

 

Inovação

O Pix começou a valer no Brasil em 16 de novembro de 2020 e foi criado pelo Banco Central. O intuito é ser um meio de pagamento mais seguro, competitivo e rápido, já que o tempo para o dinheiro cair na conta é de apenas 10 segundos para transferências e pagamentos feitos pelo Pix.

Além da facilidade de poder realizar essas transações nos finais de semana e feriados. Com o Pix, também é possível fazer pagamentos em tempo real a lojas, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais, além de quitar contas de água e luz, até recolher impostos.

Outra facilidade do Pix é a forma de fazer transferências, digitando apenas o número do celular, e-mail, CPF ou CNJP do recebedor, conforme a escolha.

 

Por Suzi Jarde – Jornal O Estado do MS.

Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *