Oficialmente, André Puccinelli já havia anunciado aposentadoria da política partidária, mas há vários movimentos de sua sigla e eleitores pedindo que ele reconsidere a decisão. Ao Jornal O Estado, Puccinelli disse que sua família não quer que ele volte a disputar eleição e isto conta muito para ele. Porém, não descarta que saia candidato, mas acha isto muito difícil. Por todo MS eleitores e dirigentes de seu partido movimentam grupos nas redes sociais como whatsapp e Instagram com o mote “Volta André”. Bem humorado quando questionado sobre a campanha pedindo que ele seja candidato, o ex-governador diz que “está mais para fica André”, numa alusão de que pode ficar tudo como está, ou seja, fora do jogo político.
Embora “aposentado” o ex- -governador é sempre procurado para aconselhamentos políticos e não perdeu contato com quem era seu eleitor e ainda aposta em sua candidatura. Puccinelli está fora de cargo político desde janeiro de 2015, quando entregou a faixa de governador para Reinaldo Azambuja (PSDB), que foi reeleito em 2018 e agora aposta em Eduardo Riedel (PSDB) como seu sucessor.
Adesivos
O presidente da JMDB (Juventude do MDB no Estado), Marcio Podolski, revela que cada vez mais tem crescido o movimento pelo “Volta André”, inclusive está sendo preparado um movimento estadual para mostrar as obras e benfeitorias em todas as áreas que o ex-prefeito e ex-governador realizou.
Marcio Podolski conta ainda que os grupos de whatsapp e perfis oficiais no Instagram são criados e alimentados pela militância emedebista e andrezista, além de pessoas que se lembram da atuação política de Puccinelli. Pelas ruas de Campo Grande vários veículos têm circulando com adesivos de “Volta André”, sendo a maioria com um coração, que é marca nas campanhas e administrações de André. O presidente da JMDB diz que tudo é bancado com dinheiro dos simpatizantes e não tem influência, é sem patrocínio do partido ou qualquer ala que seja dentro da sigla.
Embora ainda diga que a chance de disputar o governo é mínima, o ex-governador destaca que em todas as pesquisas encomendadas pelo MDB ele está no topo da preferência do eleitor em todos os cenários. “As pesquisas analisam todos os nomes possíveis e imagináveis para o Governo, de vários partidos, no MDB. E em todas estou na preferência”, diz Puccinelli que afirma ainda que esta sondagem vai continuar pelo MS e até 30 de setembro será batido o martelo sobre quem disputa a cadeira de governador pelo seu partido no ano que vem.
Dentro do MDB ainda tem o nome da senadora Simone Tebet que pode ser candidata ao governo. O ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa também já manifestou o desejo e quer ser o plano B, caso Puccinelli não aceite o chamado da sigla partidária.
Texto: Bruno Arce