Governo antecipa 13° salário, isenta ICMS e amplia crédito no Estado

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Retomada MS foi lançado ontem e prevê quase R$ 800 milhões de recursos para diversos setores

Cerca de 79 mil servidores estaduais terão adiantamento de metade do décimo terceiro salário já na próxima folha de pagamento, no dia 2 de junho. A medida, anunciada pelo Governo do Estado, vai injetar R$ 250 milhões na economia de Mato Grosso do Sul e faz parte do pacote “Retomada MS”, que prevê também isenções fiscais a comerciantes, abertura de microcrédito a pequenas empresas e pagamento de auxílio emergencial à famílias carentes.

A antecipação do décimo é fundamental porque será mais dinheiro circulando no comércio e é bom para o servidor. Quem não quiser esse valor agora, pode aplicar na poupança que ainda rende um pouquinho mais para gastar em dezembro. Todo mundo ganha porque serão milhões em recursos investidos nos setores mais afetados e fragilizados com a pandemia”, disse o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) no lançamento dos pacotes de auxílio financeiro.

Ao todo, serão aplicados R$ 763 milhões em “socorro” aos setores do turismo, bares e restaurantes, cultura e assistência social, duramente afetados com a pandemia da COVID-19.  No início da cerimônia, antes de anunciar as medidas, Azambuja pediu um minuto de silêncio em homenagem a todas as vítimas da COVID-19 no Estado.

Durante seis meses, mil trabalhadores da área do turismo, bares e restaurantes vão receber auxílio emergencial no valor de R$ 1.000 mensais, totalizando um montante de R$ 6 milhões. Para as empresas, cerca de seis mil bares distribuídos pelo Estado, a medida prevê isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) até dezembro de 2022. O IPVA de veículos ligados a esses setores
também será isento, renúncia estimada em R$ 14,8 milhões.

“Isso será um estímulo aos setores mais afetados e com isso, a gente ameniza bastante as dificuldades, proporcionando uma saída mais rápida e tranquila a esses setores”, considerou o governador.

Ainda no pacote de retomada, microempresas com faturamento do até R$ 360 mil por terão direito a financiamento de até R$ 30 mil com parcelamento de até 24 vezes e carência de 6 meses. Artistas receberão auxílio de R$ 1.800 em três parcelas de R$ 600. Terá direito quem tem cadastro na Fundação de Cultura e que atuou na área da cultura até 12 meses antes do início da pandemia.

O setor da cultura também receberá investimento de R$ 21 milhões do FIC (Fundo de Investimentos Culturais), R$ 24 milhões em novos editais, R$ 15 milhões em festivais e R$ 18,65 milhões em obras de reformas do patrimônio cultural.

O anúncio animou quem está na ponta e vivencia diariamente as dificuldades enfrentadas por aqueles que fazem artes e foram tão importantes quando a recomendação era ficar em casa. “Durante a pandemia a cultura foi fundamental para que as pessoas atravessassem esse momento e mantivessem a cabeça no lugar, mesmo assim, fomos duramente afetados e precisamos, inclusive, nos mobilizar para conseguir cesta básica para que muita gente pudesse se manter”, comentou o artista Vitor Samudio, durante lançamento do pacote.

O evento também marcou o lançamento do cartão alimentação de R$ 200 mensais do programa Mais Social, que vai beneficiar até 100 mil famílias de baixa renda.

(Texto: Clayton Neves)

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