Nova diretoria vai pegar Santa Casa com deficit de R$ 4 milhões por mês

Santa Casa hospital
Imagem: Reprodução/Valentin Manieri

Além de aumentar o convênio com município e Estado, foram adotadas ações para reduzir custos operacionais

A nova diretoria da Santa Casa de Campo Grande, que vai ser eleita amanhã (10), vai assumir o maior hospital de Mato Grosso do Sul com um deficit de R$ 4 milhões por mês. Para a presidência concorrem duas chapas, uma da atual vice-presidente da Santa Casa, a advogada Alir Terra Lima, com a Chapa Por Amor à Santa Casa, acompanhada do engenheiro civil Jary Castro, que almeja a vice-presidência. A segunda é do ex-presidente Esacheu Nacimento, que volta a concorrer ao cargo depois de dois anos afastado.

Diferença já foi de 12,9 milhões

Entretanto, o deficit da Santa Casa já chegou a ser de R$ 12,9 milhões por mês e como 95% do orçamento, segundo o atual presidente, Heitor Rodrigues Freire, é proveniente da contratualização do SUS (Sistema Único de Saúde), a diminuição no deficit só foi possível com os valores acrescidos no contrato com a Prefeitura de Campo Grande e o Governo do Estado.

“Quando assumimos em outubro de 2020 o valor do repasse era de pouco mais de R$ 25 milhões, ao passo que a folha de pagamentos, sem contar com o piso da enfermagem, é de R$ 37 milhões. Por isso o deficit de R$ 12,9 milhões. Então seguimos na busca por alcançar esse valor para termos um equilíbrio das contas”, explicou.

Inclusive, o deficit atual de R$ 4 milhões se dá porque, na última segunda-feira (7), foi assinado o 12° termo aditivo ao contrato de prestação de serviços com o município e que possibilitou essa evolução em relação aos anos anteriores. A ampliação do orçamento à instituição passa a ser de R$ 32.105.636,00, e com a operação, fica prorrogado o prazo de vigência do contrato por mais oito meses, passando a ser contado de 1° de novembro de 2022 a 30 de junho de 2023.

Equilíbrio econômico

É ainda na busca pelo equilíbrio entre a receita e a despesa da Santa Casa que foram implementadas ações a fim de reduzir os gastos do hospital. De acordo com o presidente, a primeira alteração foi no sistema de compras, que passou de trimestral para mensal. “Isso ajudou muito na contenção, na redução de custos”, disse.

Conforme levantamento, foram mais de R$ 20 milhões por ano economizados com compra de materiais hospitalares (R$ 9,4 milhões/ ano), medicamentos (R$ 10,6 milhões/ano) e insumos lavanderia e saneantes (R$ 912 mil/ano).

“Diminuímos também e muito com as compras de urgências, porque fazemos diariamente a análise dos estoques e ainda participamos de feiras, o que nos possibilitou uma negociação direta com os fornecedores e com isso um maior desconto”, acrescentou.

Além das compras, o hospital fez alterações em outras áreas que também possibilitaram uma redução de mais de R$ 11 milhões por ano, como: troca da empresa prestadora de lixo, reassumiu a gestão da lavanderia, informatizou o processo de compras, evitando a impressão de papel, entre outras.

“Não havia uma seleção do lixo, o lixo infectado não pode ser misturado com o comum e antigamente era tudo misturado e tudo ia para o infectado, e o custo era muito alto. Com a seleção do lixo, daquilo que realmente era infectado, a redução foi de mais de R$ 100 mil por mês”, assegurou Heitor.

Eleição

A eleição do novo Conselho Diretor e Fiscal está marcada para acontecer amanhã (10). Têm direito a voto 92 associados, dos 112 totais. O voto será impresso, com início previsto para as 18h e com apuração às 20h.

Por Rafaela Alves – Jornal O Estado de MS.

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