Na Capital, existem três obras paradas de terminais e corredores de ônibus

buraco na gunter hans
Foto: Nilson Figueiredo/Jornal O Estado MS

O projeto que previa a melhora e fluidez no trânsito de Campo Grande, com a instalação de novos corredores de uso exclusivo para o transporte coletivo, segue sem funcionar em, pelo menos, três pontos da cidade. Nestes pontos, o que existem são apenas obras paradas e sem nenhum sinal de finalização.

Em avenidas de grande fluxo de veículos, como Gunter Hans e av. Bandeirantes, os locais começaram a ser construídos em 2021, mas seguem abandonados e causando acidentes, como o que culminou na morte do motociclista Ryan de Oliveira Souza, 17, na última quarta-feira (12), após desviar de um buraco existente na via, o jovem Ryan, que trafegava em uma motocicleta, após sair do trabalho, acabou perdendo a vida.

O acidente revoltou os familiares da vítima, pois, no local, além de diversos buracos na pista, há também um muro de contenção de concreto, que causa o estreitamento nas duas vias. O jovem, que trafegava sentido centro-bairro, ao tentar desviar do buraco, acabou perdendo o controle da moto, batendo no muro de contenção e em seguida foi atropelado por uma carreta, que andava no mesmo sentido.

De acordo com o levantamento do jornal O Estado, os trabalhos do que seria o novo corredor de transporte coletivo de Campo Grande começaram em 2017, ainda na gestão do ex-prefeito Marquinhos Trad, pelo PAC (Projeto de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Urbana, que aprovou cerca de R$ 110 milhões, para a construção tanto dos corredores quanto dos terminais de ônibus.

Porém, mesmo que alguns tenham sido entregues, ainda no setor de transportes, de junho de 2022 até o presente, a situação se deteriorou. As obras dos corredores de ônibus da avenida Bandeirantes, rua Bahia e avenida Gunter Hans pararam, no ano passado. Além disso, ainda estão pendentes reformas nos terminais rodoviários General Osório, Nova Bahia e Hércules Maymone.

A equipe do jornal O Estado tentou contato com a prefeitura de Campo Grande e com o atual secretário de Infraestrutura, Domingos Sahib Neto, contudo, até o fechamento desta edição, não obteve respostas.

No entanto, conforme informações publicadas no próprio site da prefeitura do município de Campo Grande, na aba Obras, as que se referem aos terminais e corredores de ônibus e ainda estão em execução, são: terminal de ônibus, sem especificidade de endereço, com 6% concluída, isso porque o início da obra foi dia 15/6/2022, e deve ser entregue até 15/6/2023.

Para essa obra, o valor total estimado foi R$ 16.598.808,77 e já foi utilizado R$ 924.759,78; requalificação do transporte coletivo Rui Barbosa lote 1, está com 87% da obra concluída. O valor total estimado foi de R$ 26.646.659,03, e o valor já executado foi de R$ 22.386.135,98 e a requalificação do transporte coletivo Rui Barbosa lote 2, está com 75% da obra concluída. O valor total estimado foi de R$ 18.931.936,54, e o valor já executado foi de R$ 14.878.259,40.

Por Camila Farias – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

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1 thoughts on “Na Capital, existem três obras paradas de terminais e corredores de ônibus”

  1. Para o campograndense leigo ficou difícil entender essa obra parcialmente implantada do Corredor de Ônibus. O corredor foi transferido do lado direito p/o esquerdo da via enquanto a porta do ônibus permaneceu à dir induzindo a transferência do ‘Ponto de Ônibus’ da calçada à direita para o meio da via com enorme aumento do risco de, principalmente, crianças e idosos circularem para as calçadas ao descer num ponto de ônibus. Mas acredito que haja uma justificativa técnica para que o projeto desse Corredor de Ônibus tenha sido aprovado ainda que não funcione, na prática. Acredito que cabe uma sindicância, em se tratando de dinheiro público. O que o CREA local tem a dizer a respeito? E as empresas de transporte público?

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