Um dos desfechos da Operação Focus, desencadeada para apurar a autoria de produtores rurais e outros em focos de incêndios no Pantanal, levou já à prisão de três pessoas e gerou R$ 8 milhões de multas. Ainda há 27 mil hectares em análise e que, se confirmado o crime ambiental, podem render mais R$ 27 milhões em multas, valor quatro vezes maior que o do ano passado.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, revelou que a força-tarefa montada por Semagro, bombeiros e polícias Militar e Civil identificou, até agora, um total de 8 mil hectares de área queimada com o uso de fogo criminoso nas 28 fazendas fiscalizadas. Dessas propriedades, cinco ainda estavam com focos de incêndio ativos.
Por dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o bioma chegou em outubro a 3,3 milhões de hectares queimados, 22% do total. Desse total, 1,2 milhão de hectares está em Mato Grosso do Sul.
Em uma transmissão pela internet ontem (1º), Verruck disse que a Semagro e os bombeiros trabalham na elaboração de um plano de ações para evitar que a situação deste ano se repita. Os itens serão apresentados no encontro de amanhã (3) da gestão estadual com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que vem ao Pantanal avaliar pessoalmente as condições.
O secretário revelou apenas um dos quesitos, que deverá ser a construção de um viveiro com a vegetação típica do bioma para fins de replantio em situações como essa. A lista, no entanto, será revelada pessoalmente.
(Confira mais na página A6 da versão digital do jornal O Estado)
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