Onda de calor quebra recorde de temperaturas em Campo Grande

População busca alternativas para aliviar a sensação térmica de 47°C

A onda de calor extremo registrada em Campo Grande marcou recorde e recordes nesta semana. Ontem (1°), a temperatura máxima atingiu 40,7ºC, com sensação térmica de 47°C. Na quarta-feira, os termômetros bateram os 40,8°C, a maior dos últimos 19 anos, de acordo com Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O meteorologista Natálio Abrahão, da Uniderp, explica que a intensidade da onda de calor é reflexo, sim, de queimadas e desmatamentos. Estas duas ações acabam produzindo pó, névoa e cinzas que vão parar na atmosfera e ajudam a aquecer ainda mais.

“O calor e a baixa umidade são típicos deste período, do fim do inverno e começo da primavera. O que ocorre é que a massa de ar está mais potente que as anteriores. Se o céu estivesse limpo, sem fumaça, as temperaturas não estariam tão altas”, garante o meteorologista.

O Estado percorreu as ruas da Capital ontem (1º) às 10h, quando os termômetros atingiram dos 38ºC. Na Praça Belmar Fidalgo, o vendedor de frutas e água de coco Adelzo Almeida ressalta que, com o calorzão, dobrou o número de vendas.  “Nós estamos agora pegando em média 50 cocos diariamente, e até alguns dias atrás nós só vendíamos no máximo 30. O calor ajuda a vender bastante, o único problema é que nós acabamos perdendo as frutas mais rápida”, reitera Almeida. 

A economista Ana Luiza Borella salienta que a hidratação e ingestão de água têm sido feitas mais regularmente, tanto em casa quanto nos passeios à praça. “O calor faz parte do nosso Estado, do nosso país como um todo, então a gente se adapta”, frisou.

(Confira mais na página A6 da versão digital do jornal O Estado)

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