Os casos confirmados de covid-19 aumentaram em Mato Grosso do Sul, conforme o último boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), divulgado nesta terça-feira (20). Além disso, o número de óbitos também registrou alta entre a semana epidemiológica 5 e 6.
Segundo o boletim, foram contabilizados 609 novos casos da doença, que registrou 2.924 casos desde o início do ano. Isso significa um aumento de 26,31% em relação à semana anterior, que havia registrado 2.315 casos de covid-19.
O número de óbitos também subiu para 25 mortes pela doença, sendo que no boletim anterior eram 19 óbitos. Campo Grande aparece liderando o ranking dos municípios com mais casos novos registrados, com 197, seguido de Naviraí, com 75 e Dourados, com 49.
Das seis novas mortes, três eram de moradores da Capital, duas de Ponta Porã e uma em Água Clara. Em Campo Grande, o último óbito registrado foi em 14 de fevereiro, de um homem de 40 anos, com doença hepática crônica. Já os óbitos em Ponta Porã eram de um homem, de 94 anos, com doença cardiovascular crônica, e de uma mulher, de 72, também com doença pré-existente. Em Água Clara, a vítima foi uma mulher, de 47 anos, que possuia diabete e hipertensão.
Testagem
A distribuição de testes de covid está reduzida em Campo Grande, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que alega falta de fornecimento por parte do Ministério da Saúde. Entretanto, a SES afirma que um novo carregamento de teste deverá chegar ao estado esta semana.
Na Capital, pacientes que forem a uma unidade de saúde com sintomas gripais, só irão ser encaminhados para realização de teste após análise da gravidade do caso, conforme novo protocolo adotado.
Para quem comparecer a alguma das unidades de saúde de Campo Grande com sintomas gripais, o novo protocolo adotado para a confirmação de dengue será a análise clínica do paciente. Com isso, os exames só serão realizados nos casos com maior gravidade.
Alerta no pós-Carnaval
O deputado federal e ex-secretário estadual de Saúde, Geraldo Rezende, publicou um alerta sobre uma possível “disseminação acelerada” do vírus da covid-19, após as festividades de Carnaval no estado. O parlamentar, que foi secretário da pasta no período da pandemia, ressaltou a importância da realização da testagem e sua disponibilidade no sistema de saúde pública, que atualmente se encontra em falta na Capital e em outros municípios.
“A testagem contra a covid-19 é uma ferramenta essencial no enfrentamento da pandemia. Sem ela, torna-se extremamente desafiador monitorar e conter a propagação do vírus”, enfatizou.
Para ele, a falta de testes pode gerar um aumento no número de casos e um possível colapso nos hospitais, devido à superlotação. “Durante a pandemia, ficou evidente que a disponibilidade de leitos hospitalares está diretamente relacionada à capacidade de testagem. Sem os testes adequados, corremos o risco de não identificar novos casos a tempo e, consequentemente, de não prover os recursos necessários para o tratamento adequado”, explicou.
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