Mesmo com alta de 9,2%, valores caíram 9,25% na
gasolina, 12,5% no etanol e 16,14% no diesel
Mesmo com um cenário enigmático na economia para o ano de 2023, o setor de combustíveis superou as expectativas em Mato Grosso do Sul. Na primeira semana do último mês do ano, em pesquisa feita entre 3 e 9 de dezembro, o preço médio do litro da gasolina caiu R$ 0,01 em todo o país, motivo de comemoração, mais uma vez, para os consumidores, que no balanço anual puderam contar com um cenário positivo neste ano, nos valores dos combustíveis.
Conforme dados disponibilizados pelo Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes MS), o volume comercializado em 2023, comparado ao último semestre de 2022, obteve um aumento no setor de 9,2% em todos os combustíveis – gasolina, etanol e diesel. Já com relação aos preços médios praticados, entre novembro e dezembro deste ano, a gasolina teve uma queda acumulada entre os 11 meses de 9,25%; o diesel, 16,14% e o etanol, 12,5%.
O diretor-executivo da Sinpetro/MS, Edson Lazarotto, explica que, apesar de todas as dificuldades encontradas ao longo de 2023, este foi um ano de muita expectativa. “Havia indícios de que poderia faltar diesel no mercado, o que não ocorreu, tendo, inclusive, um crescimento nos volumes, como também o etanol, que devido aos preços praticados pelas usinas, teve um crescimento no seu volume bastante satisfatório”, avaliou Lazarotto. Em complemento, o diretor- -executivo ainda completou que, “apesar de o setor ser extremamente volátil, dependemos de muitos fatores para que tudo se torne bom para toda a cadeia produtiva, até o consumidor final”, finaliza.
Na pesquisa feita entre 3 e 9 de dezembro, dentre as Capitais de todo o Brasil, Campo Grande apareceu com um preço médio da gasolina comum calculado em R$ 5,29, enquanto a gasolina aditivada apresentou um valor médio de R$ 5,51; o etanol, R$ 3,27, o diesel, R$ 5,92 e o diesel S10, R$ 6,08. Já dentre os Estados da federação, Mato Grosso do Sul aparece com a gasolina aditivada em R$ 5,65 e a gasolina comum em R$ 5,43, enquanto o etanol apresentou um valor médio de R$ 3,42, o diesel, de R$ 6,10 e o diesel S10, R$ 6,19. Já em toda a região Centro- -Oeste, a primeira semana fecha com médias de R$ 3,43 no etanol, R$ 5,76, na gasolina aditivada, R$ 5,61, na gasolina comum, R$ 6,06, no diesel e R$ 6,20, no diesel S10.
Em nota ao jornal O Estado, a ANP ressaltou que não tem participação na política de formação dos preços. Afinal, o valor dos combustíveis e do GLP (gás de cozinha) são livres no Brasil, por lei, desde 2002. “São fixados pelo mercado. Não há preços máximos, mínimos, tabelamento, nem necessidade de autorização da ANP, nem de nenhum órgão público para que os preços sejam reajustados ao consumidor”, pontua a Agência. Complementando que “os preços são feitos pelo mercado, pelos agentes que nele atuam, como as refinarias – parte da Petrobras e parte privadas, usinas, distribuidoras e postos de combustíveis”.
No apanhado de janeiro a novembro, conforme dados compilados pelo jornal O Estado, a partir das informações divulgadas pela ANP, de janeiro a novembro, houve uma variação de -6,30% no etanol, 14,46% na gasolina aditivada, 9,32% na gasolina comum, -15,81% no gás de cozinha, -33,48% no GNV, -1,45% no óleo diesel e 2,39% no óleo diesel S10.
A partir dos dados, é possível avaliar uma queda significativa em todo o apanhado anual, com o etanol apresentando queda em -6,30%, o GLP com queda de -15,81%, o GNV com queda de -33,48% e no óleo diesel, com -1,45% nos preços. Já a gasolina comum apresentou alta nos preços de 14,42%, enquanto a gasolina aditivada subiu 9,32% os valores e o óleo diesel representou 2,39%.
Por Julisandy Ferreira.
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