MS bate recorde de acidentes com animais peçonhentos

Foto: Onda de calor deste ano tem sido fundamental para o registro recorde no número de vítimas
/Marcos Maluf
Foto: Onda de calor deste ano tem sido fundamental para o registro recorde no número de vítimas /Marcos Maluf

Na última semana, Anésia do Carmo Egues, 53, morreu no Hospital Regional de Campo Grande, após ficar internada 10 dias na unidade, depois de ter sido picada por uma aranha e a Sesau (Secretária de Municipal de Saúde) investiga a causa da morte. 

Anésia do Carmo Egues foi picada na região da axila direita e a infecção se espalhou pelo seio direito. No relatório médico apresentado à polícia, a paciente apresentou insuficiência respiratória e precisou  ser intubada, passando por procedimento cirúrgico. Durante a internação, ela teria evoluído para insuficiência renal e hemodiálise. 

Segundo dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande, o caso de Anésia não foi isolado, já que, neste ano, foram contabilizados 52 casos de picadas de aranhas na Capital. Até o momento, não houve registro de nenhum óbito de pacientes provenientes no município em decorrência de picada de aranha. 

Cabe destacar que as aranhas não são os únicos animais que acendem o alerta para os riscos de picadas em humanos. Em relação aos casos de picadas de escorpião, de janeiro a outubro deste ano foram registrados 931 incidentes, em Campo Grande e nenhum óbito de moradores da cidade. No Estado, foram 240 casos de picadas de aranha e uma morte. As picadas são classificadas como leve, moderada e grave. De acordo com o Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), vinculado à SES (Secretaria de Estado de Saúde), o Estado registrou 3.623 casos de picadas de escorpião e três mortes – as vítimas foram crianças 3 a 6 anos, nas cidades de Ribas do Rio Pardo e Brasilândia.

Segundo o coordenador estadual de vigilância ambiental e do Civitox, Karyston Adriel Machado, o calor contribui para o aumento dos casos de picadas de aranha e escorpião. “Terrenos baldios ainda são um problema que contribui, com o acúmulo de lixo. O maior problema está dentro da nossa própria casa, pois cada morador deve fazer sua parte, cuidando do quintal. É necessário apreender a viver em sociedade”, finalizou.

Por – Thays Schneider

 

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