A China continua sendo o maior comprador da proteína de MS com um total de US$ 145,8 milhões
As exportações de carne bovina in natura de Mato Grosso do Sul alcançaram um novo recorde no primeiro semestre de 2024, com receita total de US$ 769,6 milhões, representando um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume exportado chegou a 231.579 toneladas, um crescimento de 17%, enquanto o preço médio da tonelada teve uma redução de 2%, fixando-se em US$ 3.324.
De acordo com o Observatório da Indústria do Sistema Fiems, os principais produtos exportados foram carnes desossadas congeladas de bovino (46% do total), carnes desossadas refrigeradas de bovino (25%) e pedaços e miudezas congelados de frango (18%).
Com relação aos destinos das exportações, os principais países incluíram China (19% do total), Chile (13%), Estados Unidos (11%), Emirados Árabes Unidos (7%) e Turquia (4%). A China, apesar de uma redução de 12% em suas importações, continua sendo o maior comprador, com um total de US$ 145,8 milhões. O Chile e os Emirados Árabes Unidos destacaram-se com aumentos de 19% e 95%, respectivamente.
Além das exportações de carne, Mato Grosso do Sul registrou um crescimento significativo na exportação de produtos industriais. Em junho, a receita alcançou US$ 584,2 milhões, um aumento de 15% em comparação ao mesmo mês de 2023. No acumulado do ano, a receita totalizou US$ 2,96 bilhões, representando um crescimento de 11% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as vendas somaram US$ 2,66 bilhões.
Destaque nacional
Com uma produção anual prevista de 10,19 milhões de toneladas, um aumento de 7,1% comparado a 2023, o Brasil continua a liderar o mercado global. A receita das exportações de carne bovina até a quarta semana de julho atingiu US$ 952 milhões (R$ 5,35 bilhões), apesar de uma queda de 7% no preço médio de exportação.
As exportações brasileiras de carne bovina in natura registraram um novo recorde mensal em julho, com 215,6 mil toneladas exportadas até a quarta semana, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Esse volume representa um aumento de 34% em relação ao total exportado em julho do ano passado.
A China permanece como o principal mercado, absorvendo quase metade das exportações no primeiro semestre do ano. Outros produtos agrícolas como soja, café, açúcar e algodão também mostraram desempenho robusto, superando os volumes de julho do ano anterior.
As exportações de soja somaram mais de 10 milhões de toneladas até a quarta semana de julho, com uma receita de US$ 4,4 bilhões, mesmo com uma queda de 9,5% nos preços. O café registrou um crescimento notável, exportando 188,45 mil toneladas e gerando uma receita de US$ 771 milhões. As exportações de algodão mais que dobraram, enquanto o açúcar atingiu 3,18 milhões de toneladas.
Por Djeneffer Cordoba