MS apresenta queda de 21% no número de focos de incêndio neste ano

Foto: Saul Schramm
Foto: Saul Schramm

Corpo de Bombeiros está em alerta desde o mês passado para atuar contra as queimadas florestais

Esse período de seca e calor intenso favorece os focos de incêndio em Mato Grosso do Sul, entretanto o Estado apresentou queda de 21% no número de incêndios florestais. Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que, entre 1° de janeiro e 10 de agosto deste ano, foram registrados 1.252 focos, enquanto que durante o mesmo período, em 2022, foram mais de 1,6 mil focos detectados pelos satélites. 

A redução é ainda mais expressiva, 77%, se comparada com 2020, considerado o pior ano em relação a queimadas no Estado, quando foram mais de 5,4 mil focos registrados. O Estado aparece na 11° posição no ranking do Inpe, dos Estados classificados conforme a quantidade de detecções de focos. 

Segundo o governo, a queda é fruto das ações efetivas de combate a incêndios florestais e das boas práticas para o monitoramento dos biomas. Para o pesquisador do Programa Queimadas do Inpe, Alberto Setzer, Mato Grosso do Sul tem sido exemplo na atuação de combate aos incêndios. “Muitos Estados estão seguindo o exemplo de Mato Grosso do Sul, que está entre os mais estruturados para absorver as informações que recebe do Inpe e de gerar ações práticas a partir delas”, explicou. 

Em alerta

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul está em alerta desde o dia 17 de julho, para atuar em caso de incêndios florestais em todo o Estado. O alerta começou depois da publicação da portaria do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), que suspende as autorizações ambientais de “queima controlada” até 31 de dezembro deste ano. 

“Por estarmos em período de estiagem e baixa umidade relativa do ar, e mesmo no inverno temos dias que a temperatura ultrapassa os 30°C. Aliada à vegetação seca, é um cenário com grande risco de incêndios florestais no Estado”, explicou a tenente- -coronel Tatiane Inoue, chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental). 

A suspensão das autorizações de “queima controlada” está embasada na nota técnica emitida pelo Cemtec/ MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), que analisou as tendências meteorológicas e focos de calor para o trimestre julho, agosto e setembro, indicando a necessidade de suspensão das atividades com uso do fogo para prevenir eventuais incêndios florestais. 

O uso da tecnologia contribui para as ações de monitoramento e preservação do Pantanal e do Cerrado em Mato Grosso do Sul, no trabalho desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros no combate aos incêndios florestais. 

A atuação dos bombeiros é cada vez mais específica e qualificada para evitar e mitigar os danos causados pelos incêndios florestais. Eles utilizam drones, equipamentos de proteção individuais específicos para garantir segurança, monitoramento via satélite por meio de convênios com a Nasa – agência do governo dos Estados Unidos –, PF (Polícia Federal), Inpe e Imasul, além de tecnologia de navegação, dados e inteligência artificial.

Por – Rafaela Alves

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