Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves é recebida com pompa em MS

cida ministra

Titular da pasta cumpriu agenda de dois dias em Campo Grande e foi recepcionada por autoridades

 

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, cumpriu dois dias de agenda em Campo Grande, sendo recebida com pompa por políticos do Estado, mesmo sem ter trazido verbas. Deputados do PT, como Pedro Kemp, Vander Loubet e Camila Jara acompanharam a ministra, durante as agendas públicas.

Além disso, ontem (31), o governador Eduardo Riedel (PSDB) e alguns dos secretários, estiveram no Bioparque Pantanal, onde a ministra recebeu homenagens e assinou termos para a proteção das mulheres de Mato Grosso do Sul.

“Você é um orgulho para nós, de Mato Grosso do Sul. Seja muito bem-vinda ao nosso Estado, à nossa Casa!”, disse o deputado Pedro Kemp, em saudação à ministra Cida Gonçalves, assim que ela chegou, na quinta-feira (30), no primeiro dia de agenda. Ela participou de audiência pública na Assembleia Legislativa, em que deputados da Casa de Leis, deputados federais e alguns vereadores de Campo Grande a acompanharam

Em solo sul-mato-grossense, a ministra Cida Gonçalves foi prestigiada quase como um chefe de Estado.

Ontem, ao chegar no Bioparque Pantanal, ela foi recepcionada por crianças, que cantaram e se apresentaram para ela. Durante o evento, a ministra foi homenageada e, posterior a isso, tirou várias fotos com lideranças, pessoas comuns e representantes dos 79 municípios do MS, que tietaram a gestora da pasta da Mulher. Cida Gonçalves é natural de São Paulo, mas militou por mais de uma década pelo Partido dos Trabalhadoresem MS, e ela discursou, a todo momento se referindo a MS como “meu Estado”. Gonçalves também pontuou que, na próxima visita, quer trazer verbas para, de forma mais efetiva, combater a violência contra a mulher e a misoginia. Ainda em seu discurso no Bioparque, ela pediu aos representantes de prefeituras que tenham pastas autônomas para proteção das mulheres e que esta não seja um braço da assistência social. Ela foi aplaudida em sua fala, por toda a plateia.

Na saída do evento, a ministra concedeu coletiva de imprensa, ao lado do governador Eduardo Riedel, que demonstrou estar interessado em ter um alinhamento com a pasta, pelos índices de feminicídio, em MS. No período da tarde, a ministra visitou a Casa da Mulher Brasileira. Deputados de oposição não foram nas agendas em que a ministra esteve.

 

Cenário político

Em meio à visita, o assunto que tomou conta dos bastidores foi o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao Brasil. A chegada, na quinta-feira (30), deixou os petistas em sinal de alerta,já que Bolsonaro tem boa parte do eleitorado brasileiro e disse que está focado nas eleições de 2024.

Questionado sobre como o PT vai trabalhar frente à oposição, que agora conta com a presença de Bolsonaro, o deputado Vander Loubet, coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul, afirma que a base do governo vai trabalhar com pautas positivas à população e projetos de interesse público, para fortalecer a base.

Para ele, com menos de 100 dias de governo, os políticos já enxergam que a maneira de governar será em prol do Brasil. “Acho que nesses 90 dias de governo deu para perceber duas coisas: o governo está aberto ao diálogo, está dialogando, inclusive, na Marcha dos Prefeitos.Liberou recursos e emendas parlamentares para todos, inclusive para os deputados de oposição e que não são do PT”, disse ele, que acrescentou sobre pautas como reforma tributária e medidas provisórias. “O governo está sinalizando que as reformas são necessárias ao Brasil e ajudarão no crescimento. Então, o mais importante é que há diálogo tanto na base como com a oposição.”

Bolsonaro é tido, pelos políticos apoiadores e por seguidores, como maior líder da oposição. Os partidos conservadores e políticos bolsonaristas utilizam estratégias para tentar desestabilizar o governo, uma delas é o protocolo da CPI do MST, pedido de CPMI dos Atos Antidemocráticos e pedidos de impeachment, que chegaram a seis, nesta semana, inclusive assinado por deputados do MS, como Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL. Para Vander, “acabar com política do ódio”, respeitar a oposição e quem pensa diferente é o mais importante para aprovar projetos como o da reforma tributária e do arcabouço fiscal, apresentadas pelo Ministério da Economia e Planejamento.

Por Rayani Santa Cruz – Jornal O Estado de MS.

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