Metade da bancada federal de MS é contra voto impresso

Voto impresso

Debate deve dar início a retomada dos trabalhos na Câmara Federal

Até agora, os deputados federais Fábio Trad (PSD), Daboberto Nogueira (PDT), Vander Loubet (PT) e Beto Pereira (PSDB) se posicionam contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que institui a obrigatoriedade do voto impresso nas eleições no Brasil. Essa pauta deverá ser uma das prioridades da Câmara e tem votação marcada já para esta quinta-feira (5) na comissão especial que analisa o texto.

O deputado Fábio Trad já chegou a dizer que a insistência do presidente Jair Bolsonaro em atacar o processo eleitoral com urnas eletrônicas seria uma espécie de “ilusionismo político”. O parlamentar diz que vota contra a proposta e que está convencido de que o governo deveria tratar de temas pertinentes
como o combate a fome, pandemia e desemprego.

“Como membro titular da Comissão Especial da PEC do Voto Impresso, devo admitir – por uma questão de lealdade a vocês – que, antes da live de hoje do presidente Bolsonaro, eu estava convencido a votar não à PEC, mas depois da live fiquei mais convencido ainda.”

Para o deputado Dagoberto Nogueira, a questão do voto impresso foi politizada pelo gabinete do ódio. Ele cita que é uma estratégia política de Bolsonaro. “Essa tentativa absurda do Bolsonaro de atacar a democracia e a corte judiciária do Brasil têm uma intenção clara, o ano que vem, as chances de reeleição se
mostram muito baixas nas pesquisas e aí sobra desqualificar o sistema. Um absurdo!”

O deputado Beto Pereira também diz que o governo deveria se atentar a outras pautas e que a discussão ainda é precoce. “Sou contra o voto impresso. O sistema de votação no Brasil é um dos mais modernos e ágeis do mundo. Foram anos de pesquisas para desenvolver um modelo eficiente e confiável. Sou a favor de manter como está. Além disso, implantar um novo sistema eleitoral vai demandar custos muito elevados e o Brasil tem pautas muito mais importantes para serem debatidas. A inflação subindo, a população passando dificuldades, a pandemia ainda por acabar. Acredito que não é hora para esse tipo de tema estar dominando as discussões no Brasil.”

A favor do voto impresso

Luiz Ovando (PSL) é a favor do voto auditável. “O voto impresso ou auditável é a síntese do processo eleitoral. Portanto, não pode pairar qualquer sombra de dúvida ou insegurança sobre a expressão da vontade da população. Por isso sou a favor do voto impresso.”

O deputado Loester Trutis (PSL) também se posicionou a favor do voto auditável. “Por que ser contra algo que pode tornar a votação mais segura?”, questionou em uma das publicações da rede social.

Na Câmara, também existe um grupo de parlamentares que defendem uma solução híbrida que contemple os dois lados, com a implantação escalonada do voto impresso, começando por 5% das urnas em 2022 e chegando a 100% delas em 2030, ao custo total de R$ 2,5 bilhões. Acesse a reportagem completa no caderno de política no Jornal Impresso O Estado de Mato Grosso do Sul.

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