Membros da Abin e autoridades do Estado discutem alterações climáticas

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Coronel Frederico Reis vê a visita da Abin como importante neste Debate período de queimadas - Foto: Nilson Figueiredo

Autoridades de todos os setores de Mato Grosso do Sul receberam, no auditório da Receita Federal, em Campo Grande, na manhã de ontem (23), o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Luiz Fernando Corrêa. A pauta principal do encontro foram as políticas regionais e ações governamentais adotadas para a preservação do Pantanal, com relação às mudanças climáticas. 

Muito se fala sobre as mudanças do planeta causadas, principalmente, pelo aquecimento global. Para quem atende os mais prejudicados pelas catástrofes ambientais, o cidadão comum e de baixa renda, a maior preocupação é com as estratégias que serão tomadas pelas autoridades, para minimizar os impactos negativos. 

É o caso da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros do nosso Estado, que passaram a trabalhar arduamente no atendimento das populações em diferentes situações, antes em épocas já determinadas, agora, o ano todo. 

“Passamos por vendavais em Corumbá, Bataguassu e Eldorado, que teve 400 casas destelhadas e destruição da plantação de melancias. Esses desastres causam muitos danos no nosso Estado. Reuniões como essas tendem a discutir e procurar estratégias para minimizar os impactos e que a população seja melhor atendida. Por meio de uma sociedade organizada é que vamos saber as necessidades de cada região e como vamos combater os danos”, defende o tenente Antunes, da Defesa Civil. 

O Corpo de Bombeiros enxerga a reunião como de extrema importância e conveniência ao que o Pantanal passa. Antes, a preocupação com os focos de incêndio era apenas na temporada de fortes ventanias e seca, agora, o alerta começou em abril e segue até a primavera. 

“Discutir essa temática entre as autoridades federais e estaduais é importante para a conscientização sobre o perigo das queimadas, além de fortalecer as instituições que trabalham no combate das mesmas. Hoje, estamos numa situação mais confortável, não tem mais focos de incêndio na região do Paiaguás, agora só há alguns focos de incêndio na região do Morro do Azeite, no Pantanal Sul. É um ambiente alagado, mas vamos progredindo devagar e combatendo”, destaca o coronel Frederico Reis, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar. 

As atividades começaram com uma palestra do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck. À frente de todas as iniciativas e políticas públicas ambientais, Verruck apresentou as ações desenvolvidas pelo Mato Grosso do Sul para a conservação ambiental, recuperação de áreas degradadas, tecnologias já usadas no monitoramento e as ideias a serem aplicadas até 2030. 

“Os grandes afetados pelas mudanças climáticas são as pessoas de baixa renda, as políticas de mudanças ambientais precisam trazer um conjunto de recursos, olhando para essas pessoas. Hoje em dia, temos uma baixa previsibilidade dos eventos climáticos extremos. Vamos ter que reforçar políticas estaduais e municipais do processo de prevenção, para que o cidadão comum sofra o menor efeito possível”, reforça o secretário. 

Mesmo com todos os desafios, o diretor-geral da Abin acredita que Mato Grosso do Sul está desenvolvendo um bom trabalho com relação ao meio ambiente, principalmente pela posição estratégica que estamos, tanto de segurança nacional como, também, de preservação e conservação do Pantanal. 

“Todos os países estão revendo suas políticas ambientais, principalmente por conta das migrações forçadas pelo clima, pessoas são diretamente atingidas pelos efeitos das mudanças climáticas. Isso pode envolver a relação com outros países, por isso temos que pensar em segurança e compatibilizar as políticas públicas para minimizar os danos. Aqui temos um importante bioma, que é o Pantanal, e a forte presença do agronegócio, com grande importância econômica e a fronteira. São diferentes aspectos em Mato Grosso do Sul, o que o torna estratégico para o trabalho”, disse Luiz Fernando. O diretor da Abin concluiu, destacando que esteve em reunião com o governador Eduardo Riedel (PSDB) e acredita que MS está no caminho, falando “a mesma linguagem” e que a Abin quer colaborar na facilitação da vida dos gestores públicos.

Por – Thays Schneider

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