Mel se torna aliado em época de aumento de infecções respiratórias em MS

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Foto: Nilson Figueiredo
Por Camila Farias – Jornal O Estado
Especialista explica que alimento precisa ser utilizado regularmente para evitar a aparição de tais doenças

O mel tem sido cada vez mais utilizado por pessoas que buscam um estilo de vida mais saudável, substituindo o açúcar e os adoçantes industrializados. Por se tratar de um composto natural, esse produto oferece diversos benefícios a saúde como a redução da pressão arterial, melhora os níveis de colesterol, auxilia nas defesas imunológicas e alivia os sintomas de resfriado. 

Todo mundo conhece ao menos uma receita de xarope caseiro que leve mel em sua composição, de acordo com pesquisadores da Universidade de Oxford o alimento traz alívio para sintomas de infecções do trato respiratório superior. Além disso, o mel também alivia o desconforto da inflamação na garganta. A sacarose e a frutose, presentes no mel, estimulam a produção de saliva que hidrata a mucosa da garganta, protegendo de irritações. 

Para o Jornal O Estado, a nutricionista Lethícia Barbosa, explicou que o mel é comumente utilizado na prevenção de doenças, pois possui em sua composição compostos antioxidantes, carboidratos, mineiras, aminoácidos, vitaminas do complexo B, D e E, mas, mesmo assim, é necessário ter cuidado quanto a sua utilização.

 “A utilização do mel deve ser cautelosa por portadores de diabetes, crianças menores de 2 anos também não devem consumir esse alimento”, disse. 

A equipe de reportagem visitou o apiário Vovô Pedro localizado na Capital, para conhecer um pouco mais sobre o que o mel pode oferecer à população em seus incontáveis benefícios para a saúde. O proprietário do local e zootecnista especialista em apicultura Albano Dembogurski, 64, destacou que o mel precisa ser visto como alimento e consumido regularmente para que possa transferir todos os nutrientes e prevenir possíveis doenças. 

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Foto: Nilson Figueiredo

“O mel é muito nutritivo, é rico em aminoácidos, enzimas, proteínas e a maioria da população brasileira só lembra do mel quando tem algum problema de afeição do trato respiratório. Se ela passasse a consumir o mel com mais frequência, isso aumentaria a imunidade dela e talvez não fosse nem necessário buscá-lo como medicamento”, explicou Albano. 

Além disso, o alimento é rico em açúcares e esses são os açúcares menos nocivos para o organismo, pois o mel quase não tem sacarose, é frutose levulose são açúcares que já são quebrados na molécula de sacarose são açúcares que não são nocivos para o nosso organismo. 

Pioneiro em Campo Grande e conhecido como a Cidade das Abelhas, no apiário são produzidos os mais diversos produtos que podem ser tirados das colmeias, própolis, polem, cera e realiza a comercialização de sabonete líquido, pomadas e até mesmo shampoo, todos a base de mel. Cabe lembrar, que na última sexta-feira (20), foi comemorado o Dia Mundial da Abelha, que são as verdadeiras responsáveis pela produção deste alimento que podem trazer inúmeros proveitos a toda a população e de muitos outros produtos criados a partir dele. 

No centro da Capital, outro empresário que confirma os benefícios do produto e a alta demanda registrada nas últimas semanas foi o empresário Altair Oliveira, 53, proprietário da loja Mel do Cerrado, Ele afirma que como o alimento é reconhecido popularmente como um coadjuvante natural no tratamento dos sintomas de gripes e infecções respiratórias, neste período próximo da chegada do inverno, aumentam as ocorrências de gripes e resfriados e ocorre o maior consumo. 

“Além do uso em chás para ajudar a curar gripes e resfriados, ele é um estimulante natural devido aos carboidratos e açúcares, sendo usado como fonte de energia rápida por atletas, devido à facilidade de absorção pelo organismo. Além disso, o mel possui vitaminas e minerais que regulam o funcionamento do nosso organismo e pela presença de flavonoides, que funcionam como antioxidantes, diminui o desgaste e retarda o envelhecimento das nossas células, aumentando assim nossa longevidade com mais saúde”, finaliza. 

Infecções respiratórias são mais comuns no Centro-Oeste
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Foto: Nilson Figueiredo

A proximidade do inverno já provoca queda acentuada nas temperaturas e a umidade do ar também diminui, tornando algumas infecções respiratórias mais prevalentes, principalmente na região Centro-Oeste. 

O Ministério da Saúde reforça que o dia 3 de junho segue com a Campanha de Vacinação contra a Gripe. Crianças abaixo de cinco anos, devido à imaturidade do sistema imunológico, idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos pertencem ao grupo que gera maior preocupação com as infecções respiratórias. 

As infecções mais comuns observadas no período são: sinusite, gripes e os resfriados e o agravamento de outras, como rinite alérgica, asma, bronquite e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). 

Além da vacinação, algumas medidas podem prevenir essas doenças: higienização das mãos, evitar ambientes fechados e sem ventilação, proteger a boca ao tossir, beber bastante água, evitar o uso de cigarro, manter a alimentação balanceada e saudável e a prática regular de atividade física.

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