Mato Grosso do Sul monitora três casos suspeitos de hepatite misteriosa em adolescentes

Foto: Divulgação/ Agência Brasil
Foto: Divulgação/ Agência Brasil

Cidades de todo o Brasil têm registrado casos suspeitos de hepatite aguda misteriosa, conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde), a doença é severa e não tem contato direto com os outros vírus da hepatite, por isso os exames dão resultado negativo. Em Mato Grosso do Sul, três casos suspeitos são monitorados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde).

Entre os casos suspeitos estão dois adolescentes de Campo Grande de 10 e 14 anos e um de 16 anos de Ponta Porã. Como a doença ainda é desconhecida, a Secretaria emitiu no dia 12 de maio uma Comunicação de Risco – Hepatite Aguda Grave de Etiologia Desconhecida, e realizou uma webconferência com os 79 municípios do Estado sobre os eventuais casos prováveis.

“A SES esclarece que o Cievs Estadual vem acompanhado e que está seguindo as orientações do Ministério da Saúde e do Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde Nacional) e que a cada nova orientação é transmitida para os municípios”, destaca a nota divulgada.

Coordenadora do Cievs/SES de Mato Grosso do Sul, Karine Barbosa explica que um dos principais sintomas da hepatite misteriosa é a icterícia, ou seja, a coloração amarelada da pele e dos olhos.

“Essa síndrome é caracterizada por hepatite aguda com enzimas hepáticas acentuadamente elevadas, acompanhados ou não de sintomas gástricos intestinais como vômito, diarreia e febre, mas o mais característico é a icterícia”, disse.

Karine Barbosa ressalta que a causa da doença ainda está em investigação, mas entre as hipóteses está a correlação com outros vírus respiratórios como o Adenovírus.

“Existem algumas hipóteses mas é importante frisar que não existe nenhum vínculo e a vacina contra COVID-19”, enfatizou.

Em comunicado divulgado em 23 de abril, a OMS informou que não há relação entre a doença e as vacinas utilizadas contra a COVID-19.

Sintomas:

Entre os principais sintomas da doença estão a mialgia, náusea, vômito, letargia, fadiga, febre, dor abdominal, diarreia e icterícia. Nos casos graves podem ocorrer insuficiência hepática aguda com encefalopatia. Já os sinais e sintomas de hepatite fulminante são: insuficiência hepática aguda, caracterizada pelo surgimento de icterícia, coagulopatia e encefalopatia hepática em um intervalo de até oito semanas.

A fisiopatologia está relacionada à degeneração e à necrose maciça dos hepatócitos. O quadro neurológico progride para o coma ao longo de poucos dias após a apresentação inicial.

Com informações da repórter Suelen Morales. 

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *